ALIMENTAÇÃO
Entenda a diferença entre intolerância e alergia alimentar
Texto por Ana Cláudia Valério . Fotos por Freepik . 9 de novembro de 2023 . 10:16
A intolerância alimentar está associada à incapacidade do sistema digestivo de metabolizar alguns alimentos. São sintomas geralmente gastrointestinais. Já a alergia alimentar é uma resposta do sistema imunológico à exposição a um determinado alimento. É uma doença sistêmica, não apenas do sistema gastrointestinal. Segundo a médica Alergista Dra. Tereza Barcellos, a alergia é uma alteração imunológica, que ocorre por várias causas, não apenas alimentos. “No caso de alergia alimentar acontece após contato ou ingestão das proteínas de determinados alimentos. Porém, os pacientes podem ter uma história alérgica passada ou história alérgica familiar e tem possibilidade de desencadear outras doenças alérgicas no futuro. Já a intolerância é a carência de enzimas, que são responsáveis por processar certos nutrientes. Isso pode ocorrer por vários motivos. Por exemplo, uso de muito antibióticos, uma doença intestinal (viral, infecciosa, etc). As intolerâncias mais comuns são à lactose (lactose não causa alergia, apenas intolerância) e ao glúten. Porém, outros alimentos podem causar intolerância, como por exemplo, chocolate, aditivos alimentares, frutas cítricas, peixe, moluscos, leite, queijo, ovos, nozes”, explica.
O diagnóstico correto é feito principalmente pela história clínica do paciente. “Deve-se fazer várias perguntas sobre possibilidade das causas e, principalmente, dos sintomas. Na alergia alimentar, o diagnóstico deve ser feito através de exames e avaliação clínica. A suspensão do alimento deve ser imediata e avaliações periódicas são necessárias para observar a evolução ou melhora do quadro clínico. Na intolerância, geralmente os sintomas são alterações intestinais e inchaço abdominal. Importante frisar que algumas intolerâncias são transitórias. Por isso, restringir o alimento por um período, geralmente, é suficiente para a resolução do problema. Em casos mais graves deve-se fazer uma restrição rígida. Existe também a possibilidade de administração de enzimas que auxiliam na digestão, como o caso do uso da lactase, nos casos de intolerância à lactose. Mas de maneira geral, o acompanhamento médico para o correto diagnóstico e melhor tratamento é imprescindível”, orienta a médica.


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