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Café Analítico

Cada um no seu quadrado

Como diria aquele funk: “Ado, aado, cada um no seu quadrado!” Hehehe direto, divertido e uma boa reflexão. Mas brincadeira a parte, quero falar de um assunto que vem chamando a atenção nos últimos tempos: essa empáfia que tomou conta das pessoas em acharem saber tudo sobre todos os assuntos. Hoje, parece que todo mundo é especialista e entende de todas as áreas. As pessoas acreditam que basta dar uma busca no google e já sabem tudo sobre uma profissão, por exemplo. E a situação vai mais além, essa cegueira egóica faz com que as pessoas, realmente, acreditem que estão aptas a apontarem o dedo sobre o trabalho de profissionais que passaram anos estudando. Vamos com calma, respirar, tomar uma água e raciocinar sobre isso.

Vamos lá… por mais que a gente se sinta no direito de opinar e achar muitas coisas sobre um assunto, temos que ter a noção básica e a humildade de ver que, por mais que nos sintamos capacitados para sair apontando o dedo para as pessoas, se não for a nossa área, temos que ter o cuidado em, pelo menos, buscar compreender mais.

Cada profissional, de cada área, passa ao menos (falando em graduação) quatro anos da sua vida num mergulho dentro do assunto. Isso é o mínimo, sem contar especializações, cursos, aperfeiçoamentos. Então, quando se vai debater algo com um economista, por exemplo, é preciso entender que ele saberá mais sobre o mercado do que eu, psicóloga. Caso eu tenha dúvidas sobre investimentos, é óbvio que, mesmo o pior profissional da área, entenderá mais do assunto do que eu. E é claro que eu, enquanto psicóloga, após passar cinco anos na Universidade e tendo feito cursos e especializações, entenderei um pouco mais sobre psicoterapia do que profissionais de outras áreas.

Vamos por um pouquinho os pés no freio, controlar o impulso e refletir sobre isso: O que eu sei ou não, sobre o que eu estou capacitado a falar e opinar, se tenho conhecimento suficiente para apontar as “falhas” dos outros.

Muito mais inteligente e adequado seria usar esse tempo e essa energia para buscar saber mais sobre a própria profissão, sobre tudo o que envolva a sua área para, quando questionado por alguém, poder da melhor maneira possível se fazer entender. Assim, todos ganham em aprimoramento pessoal e profissional.

Nem toda a crítica é construtiva, às vezes ela só está consumando o ego de quem fala.

Café Analítico

Por: Camyle Hart

Jornalista e Psicóloga (Crp 08/22594)
Atendimento terapêutico (45) 99932-0666

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