Até o último dia 05, o Paraná havia registrado 12 focos de influenza aviária de alta patogenicidade – IAAP, sendo todos os casos em aves silvestres localizadas no litoral. “Estes casos não alteram o status do Estado e do país como área livre de influenza na avicultura comercial, que é o nosso principal ponto de atenção e monitoramento”, explica o gerente de Saúde Animal, da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), o médico veterinário Rafael Goncalves Dias.

Segundo ele, desde o início dos casos no Brasil, o Paraná vem intensificando a vigilância e monitoramento da doença no Estado. São diversas ações em conjunto. “Destacamos as operações no litoral do Estado, com equipes permanentes realizando os atendimentos dos casos suspeitos, cadastro das propriedades com galinhas domésticas de subsistência, reuniões com prefeituras e produtores, ações de educação sanitária, entre outros. Parcerias importantes estão consolidadas nestas operações. O trabalho conjunto com órgãos como a Universidade Federal do Paraná, Campus Pontal do Paraná, ICMBIO e Prefeituras, estão sendo fundamentais para o controle da IAAP. No interior do Estado, a Adapar vem monitorando as granjas comerciais nas questões referentes à biosseguridade das propriedades, vigilância ativa nas propriedades comerciais, de postura, reprodução e subsistência, com colheitas anuais que passam de 15 mil amostras”, reforça o médico veterinário.

A ocorrência da doença em aves silvestres não altera o status sanitário do país. “Continuamos exportando para mais de 150 países, dos mais elevados níveis de exigências sanitárias. Porém, é necessária a manutenção deste monitoramento. A circulação viral no litoral do Estado coloca toda a cadeia avícola em alerta” salienta.

O gerente de Saúde Animal da Adapar ressalta ainda que o Paraná é o maior produtor e exportador de carne de frango do país. São quase cem mil empregos diretos e inúmeros mais indiretos. “A cadeia de frango é o 2º em valor bruto de produção (VBP), e uma emergência sanitária neste segmento poderia trazer prejuízos econômicos irreversíveis, além de tratar-se de uma doença de transmissão para os seres humanos. A Adapar vem ininterruptamente trabalhando em todo o Estado, junto com o setor privado e outros órgãos públicos, garantindo a segurança alimentar e o status sanitário do Paraná”, finaliza Rafael.