Cidades

SAÚDE INFANTIL

Cuidados com a alimentação das crianças

A rotina agitada do dia a dia contribui para que os alimentos industrializados e prontos para o consumo sejam uma opção no cardápio, inclusive das crianças. Apesar da grande variedade, a Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que a maioria dos alimentos e bebidas para crianças concentra, principalmente, itens ricos em gordura, açúcar ou sal, identificados como fatores de risco que contribuem para a obesidade infantil.

Uma pesquisa realizada pela Universidade Miguel Hernández, na Espanha, estudou alimentos disponíveis no mercado, destinados às crianças, e verificou que 97% deles não são saudáveis. A análise concluiu que os produtos possuíam fraca presença de proteínas e fibras, com baixa qualidade nutricional, em comparação com os alimentos que não eram voltados para crianças e adolescentes. A pesquisa verificou, ainda, que 62% dos produtos eram ricos em gordura, 59% em açúcares e 45% em gordura saturada e sal.

Com base nessas informações, a nutricionista infantil e escolar Débora Christina Santos Souza (CRN8/7641)falou sobre a importância de cuidarmos da alimentação infantil. “É algo precioso principalmente para crianças que estão no período de desenvolvimento e crescimento. Uma alimentação equilibrada promove saúde e qualidade vida. Assim, é fundamental que todas as famílias forneçam uma alimentação nutricionalmente completa para os seus filhos. Toda criança precisa ter acesso a todos os grupos alimentares como carboidratos, proteínas, gorduras, vitaminas, mineiras, fibras e água. Com planejamento é possível garantir a oferta de todos os grupos alimentares e assim, promover saúde por meio da alimentação”, explicou a nutricionista.

O não cuidado com a alimentação dos pequenos pode acarretar uma série de problemas no futuro. “Como dizia Hipócrates, ‘Que seu remédio seja seu alimento, e que seu alimento seja seu remédio’. A alimentação irregular muitas vezes pode ser associada com ausência de tempo do preparo da comida, não gostar de cozinhar, dificuldade com o planejamento, optar por se alimentar por fora de casa, ter como base alimentos industrializados e não ter informação clara sobre os cuidados com a nutrição da criança. Isso pode contribuir para o desenvolvimento de algumas doenças como: diabetes tipo II, hipertensão arterial, obesidade, hipercolesterolemia, desnutrição, seletividade alimentar, gastrite, entre outras doenças”, completou Débora.

Segundo a nutricionista, o resultado é o aumento de peso da criança em um curto espaço de tempo. “Outros fatores que podem contribuir para que os pais fiquem atentos é a ansiedade, estresse, compulsão por doces ou guloseimas, não ter limites em relação a quantidade de comida, não ter o sono regulado, ser sedentário. Uma forma de prevenir a obesidade infantil é fornecer condições para que a criança tenha os quatros pilares da qualidade de vida regulados: sono, exercício, alimentação saudável e água”, explicou.

Outro ponto importante citado pela nutricionista é observar a merenda oferecida pelas escolas e centros municipais, já que, em breve, possivelmente haverá retorno das aulas presenciais de forma híbrida. “É dever da escola ter consciência e promover ações para garantir uma alimentação nutricionalmente completa e contribuir com o desenvolvimento, crescimento e aprendizado da criança. O nutricionista é o profissional habilitado para promover ações de Educação Alimentar e Nutricional com o objetivo de conscientizar toda comunidade escolar sobre a importância de hábitos alimentares saudáveis”, concluiu Débora Christina.

“Uma alimentação equilibrada promove saúde e qualidade vida. Assim, é fundamental que todas as famílias forneçam uma alimentação nutricionalmente completa para os seus filhos. Toda criança precisa ter acesso a todos os grupos alimentares como carboidratos, proteínas, gorduras, vitaminas, mineiras, fibras e água”, afirma a nutricionista infantil e escolar Débora Christina Santos Souza

Comentários