Cidades

SOLUÇÃO LOCAL

Itaipu mantém confiabilidade de seus sistemas utilizando solução desenvolvida pelo PTI

Com a entrega realizada pelo Parque Tecnológico Itaipu (PTI), por meio do Laboratório de Automação e Simulação de Sistemas Elétricos (Lasse), a Itaipu Binacional pôde manter a confiabilidade de um sistema de monitoramento na sua subestação blindada a gás (GIS). Isto foi possível com o desenvolvimento de 60 placas de comunicação, que até então eram importadas.    

Essas placas de circuito impresso já estão em funcionamento na hidrelétrica desde março, instaladas em equipamentos denominados Circuit Breaker Sentinel (CBS), que tem como objetivo agrupar dados de funcionamento dos disjuntores de uma subestação da usina e enviá-los a uma plataforma de monitoramento. Cinquenta e quatro placas já estão em funcionamento desde março deste ano e outras seis serão utilizadas para eventuais substituições.    

Antes da instalação, todos os equipamentos foram testados e validados por meio de uma bancada de testes automatizada, trazendo ainda mais confiabilidade nos resultados e proporcionando maior agilidade ao processo. O trabalho foi desenvolvido durante cerca de dois anos, envolvendo um intensas atividades de pesquisa nas áreas de software e hardware.   

Além de economia de tempo e custos, Itaipu foi beneficiada com um dispositivo mais versátil que a versão anterior, já considerada obsoleta e limitada com relação à capacidade de transmissão de dados. “O PTI desenvolveu uma placa tecnologicamente atualizada de forma a possibilitar a modernização de toda a infraestrutura de rede que conecta os sistemas de monitoramento às unidades de aquisição”, explica o engenheiro eletricista do PTI, Carlos Henrique Szollosi.    

A demanda surgiu em 2016, conforme explicou o engenheiro eletricista da área de Engenharia e Manutenção da Itaipu, Douglas Ostroski. “Já se sabia que os equipamentos de rede estavam obsoletos e já não existiam à disposição no mercado. Por isso, poderia ter a falta de peças sobressalentes futuramente”. Sem essa contribuição, o engenheiro pontua que poderia ser necessária a troca completa do hardware, o que poderia resultar em uma solução com mais custos.    

O desenvolvimento da placa colabora com a quebra de dependência ao fornecimento de peças de reposição, faz com que a tecnologia seja nacionalizada e uma nova expertise seja desenvolvida na região, fazendo com que outras empresas do setor elétrico possam recorrer aos serviços do PTI.

Comentários