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MEDIANEIRA

Representantes do comércio e prestadores de serviços indignados com mais um lockdown

Pela terceira vez em menos de um ano, empresários de serviços considerados não-essenciais veem suas empresas de portas fechadas. O decreto estadual nº 6.983/2021 suspendeu o funcionamento dos serviços e atividades não-essenciais em todo o Estado até o dia 08 de março e a sensação é de impotência.

Um dos segmentos mais atingidos desde o início da pandemia e que até hoje não tem perspectivas é o de eventos. Cristiane Langaro, da Lângaro Atelier, afirma que há praticamente um ano o setor vem sofrendo. “Sei que o momento é de muita preocupação e que o sistema de saúde da nossa região e do Brasil está em colapso, porém, em nenhum momento, penso que eventos devam acontecer sem os protocolos de segurança, devemos nos proteger e proteger o outro. Muitos profissionais dessa área já fecharam porque não estamos tendo apoio, precisamos que seja feito algo direcionado a esse setor”.

 Sobre o terceiro fechamento do comércio, a empresária do ramo de calçados, Pamela Matté Dias, salienta que o Grupo Matté Calçados se solidariza com todas as vítimas do Covid em Medianeira e no mundo, porém destaca que fechar apenas uma parte do comércio não faz sentido. “A conscientização ainda é muito baixa e as pessoas continuam saindo, as vezes sem necessidade, para ir aos bancos e demais comércios tidos como essenciais. Durante o final de semana de lockdown teve muitas festas em casa e aglomeração em lugares públicos. A fiscalização não está sendo suficiente. Notamos também que poucos usam a máscara corretamente. Estamos há mais de um ano nessa pandemia e os governos, em todas as esferas, gastaram o dinheiro e o que foi feito não é o suficiente para resolver ou minimizar o problema. Estamos todos cansados, mas não podemos desistir”, ressalta.

Apesar da possibilidade de atender delivery e take away, o setor de Restaurantes também sofre com as constantes restrições. Marco Antônio Ottobelli, da Burger Store, afirma que entende a preocupação das lideranças com a pandemia e o atual panorama que vivemos, mas fechar tudo não resolve. “Há praticamente um ano de pandemia vários governadores e prefeitos insistem em adotar o Lockdown como forma de combate ao coronavírus, medida extrema que há praticamente um ano vem apresentado pouquíssima eficiência, e quase nenhuma atitude em relação a construção de novos leitos de tratamento da doença nos hospitais. Lamentavelmente sobra para o pequeno e médio empresário, que já sofre com fechamento desde o ano passado, sem recursos e sem esperança. Acredito fielmente que existe o equilíbrio entre a atividade empresarial e o controle do vírus, ao se adotar medidas básicas de segurança, e a conscientização da população quanto aos perigos da contaminação. Fazer um binômio responsabilidade da empresa e colaboração da população. Assim todos trabalham e geram renda e emprego com segurança. Lockdown não é a solução! Lockdown não!”, finaliza.

Empresários manifestam sua indignação em relação ao fechamento de serviços considerados não-essenciais

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