ITAIPU
Saída de Vianna agora é oficial. Exoneração foi publicada nesta sexta-feira, 6
O substituto ainda não foi anunciado. A nomeação é uma prerrogativa do presidente da República. Vianna ficou no cargo durante um ano e 13 dias.
Texto por Assessoria . Fotos por Rubens Fraulini/Itaipu Binacional . 6 de abril de 2018 . 15:51
O
A saída de Vianna já havia sido anunciada há duas semanas. Inicialmente, ele comunicou sua decisão a um círculo próximo de colaboradores que participavam do Fórum Mundial da Água, em Brasília. Ele disse que aceitou um convite do Grupo Delta para assumir um cargo executivo. O mesmo comunicado foi feito para o ministro de Minas e Energia e ao governador Beto Richa.
Em Itaipu, neste curto período, Vianna conseguiu imprimir sua marca pessoal. Para o público interno, criou o “Bate-papo com Vianna”, em que reunia grupos de empregados, mensalmente, para uma conversa franca e aberta.
Enquanto esteve no cargo, Itaipu manteve a produção em alta, inclusive com recorde histórico de geração nos três primeiros meses deste ano, melhores janeiro e março. Em sua gestão, a equipe técnica preparou os editais para a atualização tecnológica da usina, que devem ser publicados ainda este ano, e tiveram início os estudos para a negociação com os paraguaios sobre o Anexo C do Tratado de Itaipu. Outro ponto forte foi a gestão de pessoas, com alinhamento estratégico entre todo o corpo funcional.
O ex-diretor-geral brasileiro de Itaipu tem forte ligação com Foz do Iguaçu. Seu pai, coronel Clóvis Cunha Vianna, foi prefeito da cidade durante o período de construção da usina, e sua mãe, dona Léa, ganhou notoriedade por ter fundado a Guarda Mirim.
Antes de deixar a empresa, o diretor gravou um vídeo de despedida para os empregados da empresa, no qual agradece pelo acolhimento, elogia o corpo funcional e dá um recado importante para o sucessor.
“Já trabalhei com grandes profissionais, vida afora, e posso garantir: aqui estão aqueles e aquelas que alinho entre as melhores pessoas com as quais se pode fazer um trabalho decente, digno e à altura de uma empresa fundamental para o setor elétrico do Brasil e do Paraguai”.
E emendou: “Quando recebi o convite para uma nova empreitada, agora na iniciativa privada, confesso que a vaidade de engenheiro e de executivo falou mais alto. Mas, ainda assim, passei algumas noites sem dormir, a pensar qual seria a melhor decisão a tomar: deixar Itaipu, à qual tanto me afeiçoei, ou buscar um novo rumo? Claro que, a essa altura, já sabemos que prevaleceu o desafio”.
Vianna completou: “Mas quero deixar uma mensagem a esta equipe de Itaipu que me recebeu tão bem e à qual só tenho a agradecer por este convívio de exatos doze meses e treze dias. Foi uma experiência marcante, para mim, e inesquecível”.
O ex-diretor disse que aprendeu muito e, mais uma vez, enalteceu o profissionalismo de toda a família itaipuense, que, neste curto espaço de tempo, “já conseguiu nos levar a novos recordes de produção, a novos avanços nas atividades socioambientais, no apoio ao desenvolvimento de toda a região Oeste, no fortalecimento da imagem de Itaipu como empresa séria, capaz e que sabe também cuidar dos seus, porque retribui aos empregados e empregadas todo o esforço e dedicação que recebe”.
No final, Vianna disse que “o trabalho que desenvolvemos nesse período em que fui também itaipuense não vai ter descontinuidade. Assim, o alinhamento estratégico chegará e, certamente, virá em favor de cada de um de vocês e de toda a empresa”.
Últimos atos
Nesta sexta-feira, ele faz um plantio de uma árvore no Bosque do Trabalhador de Itaipu, no Centro de Recepção de Visitantes. Também plantarão árvores o diretor de Coordenação, Newton Kaminski, e o diretor administrativo, João Pereira. Vianna também se despedirá de algumas equipes de trabalho.
No último ato oficial do diretor-geral brasileiro, ele anunciou na quarta-feira (4), em Foz do Iguaçu (PR), o investimento de mais R$ 80 milhões em ações e programas voltados para a região Oeste do Paraná. Na soma total prevista desde 2017, o aporte financeiro da Itaipu na região, para os próximos três anos, chega a quase R$ 400 milhões. Os acordos são voltados para mobilidade elétrica, infraestrutura, energias renováveis, adequação de estradas, recuperação de parques, coleta seletiva, moradia popular e gestão por bacias hidrográficas, com prazo de até 36 meses para conclusão dos projetos.
Comentários