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A espera de um milagre

18 trocas. Quase uma por rodada. Esse é o balanço da mudança de treinadores, apenas na Série A do Brasileirão, faltando uma rodada para terminar esse turno. É muita troca. Claro que alguns saíram por vontade própria, pois receberam propostas do exterior. Mas a grande maioria perdeu o cargo devido aos pífios resultados que obtiveram enquanto estavam à frente dos clubes. Isso comprova mais uma vez o que já manifestamos aqui em outras oportunidades: se não ganha, dança.

E não importa o quilate do treinador. Resultado é o que interessa. E nessa dança, alguns ainda saem com uma polpuda quantia de dinheiro no bolso.

E não adianta dizer que não teve tempo de mostrar o trabalho, que esperava contar com um grupo melhor qualificado, entre outras respostas. Presidente de qualquer clube brasileiro continua sendo a autoridade máxima e toma as decisões quase que unilateralmente. É ele quem manda e pronto.

Não entra em discussão se o seu elenco é fraco tecnicamente. Ele espera sempre que o treinador faça milagres com a pouca qualidade técnica que tem à mão.

E quando o treinador pede novas contratações, as que aparecem não ajudam lá muita coisa. Outras vezes, a desculpa é a falta de grana para contratar. E quando um time não vai bem, o torcedor desaparece e aí, adeus renda boa. Ninguém suporta por muito tempo ir ao estádio e ver seu time perder quase que todas as partidas. O torcedor do Paraná Clube é um exemplo. Viu essa semana o técnico Rogério Micale ser demitido. Mas friamente analisando, o elenco paranista é muito fraco. Não tem treinador que consiga melhorar o desempenho do time com o atual grupo de jogadores.

Mas a espera de um milagre sempre é a esperança final. E às vezes isso pode acontecer. Escapar de um rebaixamento já pode ser considerado como uma conquista de título.

 

 

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Por: João Hermes

Radialista e cronista esportivo do Jornal Mensageiro desde 1985.

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