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Amistosos que não representam muita coisa

Cada vez que vejo anúncios por parte da CBF de jogos amistosos da seleção brasileira, entendo também que tudo não passa de um verdadeiro esquema caça-níquel e jogo que interessa patrocinadores.

Além de, normalmente, fazer jogos com adversários inexpressivos, somos obrigados a ouvir de que se trata das famosas datas Fifa, onde as seleções ganham determinado tempo para realizar alguns jogos.

Nos últimos dois amistosos, o Brasil jogou na Inglaterra. Vá lá! Pelo menos foi na terra onde inventaram o futebol. Mas, que resultado positivo Tite encontrou nesses amistosos e que também tenham agradado o torcedor?

Depois da eliminação para a Bélgica, em plena fase de quartas de final da Copa na Rússia, os amistosos têm apenas contribuído para estatísticas. E tem gente que gosta. Agora são “tantos” jogos e apenas uma derrota. Mas o que custou essa derrota? Foi exatamente na Copa que o Brasil perdeu nessa relação de jogos. E isso o torcedor não esquece. Tite já não é mais o salvador da pátria. Tem enfrentado algumas dificuldades, até mesmo para montar o time.

O que se viu no amistoso contra Camarões foi um time com baixa produtividade, perdendo oportunidades e o mais preocupante, provocando lesões em alguns jogadores que passam a desfalcar suas equipes em competições importantes. Vejam o caso de dois nomes que atuam no PSG e que se lesionaram essa semana: Kylian Mbappé e Neymar. São lesões que trazem preocupações, não apenas para o departamento médico da seleção de seus países, mas principalmente da equipe francesa.

E são peças importantes no esquema que o time joga. E por quanto tempo desfalcarão o time? Por essas e outras, defendo que amistosos sem relevância sejam disputados por um time alternativo e que nenhum patrocinador possa impor condições para que este ou aquele esteja em campo. O prejuízo pode ser ainda maior.

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Por: João Hermes

Radialista e cronista esportivo do Jornal Mensageiro desde 1985.

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