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Começa a Libertadores. E o torcedor precisará de paciência

Começou a fase quente da Libertadores, Torneio sul americano que desperta cada vez mais a cobiça dos clubes e tem como prêmio, um montante de grana cada vez maior. E passa por mudanças. Novidades vêm pela frente. Mas a fase de grupos, que começou essa semana, dá mostra de que é preciso se preparar melhor. A desculpa de que é início de temporada, que as férias foram mais curtas e outras tantas, já não convence mais. É preciso se preparar melhor, seja tecnicamente como também com o grupo de trabalho.

Se a cada ano, a Confederação Sul americana melhora o prêmio, a tendência é que isso também desperte o interesse maior dos clubes em reforçar o caixa. E não somente com a conquista em si, mas tudo o que vem depois. O lado negativo é a qualidade técnica de grande parte das equipes que participam da competição. Como medida política, os dirigentes aumentam o número de participantes sem o olhar crítico do que vem pela frente. Estádios vazios, baixa arrecadação, qualificação ruim e ainda pior, velhos estádios que hoje não servem para o futebol após as recomendações da Fifa, desde segurança até o conforto do torcedor, que paga para ver e não tem o necessário. Em 2019 a Libertadores muda. Será estilo Liga dos Campeões com final única e campo neutro.

E voltando ao futebol, o que vem pela frente pode ter muitas surpresas, momentos em que o torcedor vai mesmo se irritar com o time. Os resultados vão depender da qualificação técnica, um bom comando e um grupo forte. Nada adianta fazer muitas contratações se em campo o grupo não corresponde. E mais: contratar por contratar, é preferível apostar na base. Mas aí, entra a questão de saber se os clubes têm interesse em apostar no futuro ou apenas no resultado imediato. Penso que vai ser sofrível acompanhar a Libertadores esse ano.

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Por: João Hermes

Radialista e cronista esportivo do Jornal Mensageiro desde 1985.

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