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Mundo perde a “Bailarina do tênis”

Passei minha adolescência ouvindo falar em Maria Ester Bueno. A tenista brasileira, considerada uma das melhores do mundo, era notícia constante. E naquela época, rádio era o veículo de informação mais rápida. Jornais ou revistas, somente alguns recortes uma vez ou outra. E continuei ouvindo falar dela mesmo depois de passar essa fase da vida.

Maria Ester Bueno, considerada “a Bailarina do Tênis”, foi um fenômeno das quadras. Em sua carreira de 20 anos, colecionou 589 títulos internacionais, dentre eles, os maiores e mais famosos torneios. Foi um exemplo de superação. O Canal Tennis Channel a considerou a 38ª melhor tenista do mundo entre as 100 melhores.

No último dia 08, Maria Ester Bueno nos deixou. Ela estava internada em estado grave de saúde em decorrência de um câncer no lábio, descoberto em 2017. Seus feitos são incríveis e seu reconhecimento internacional, imenso. Para um país onde quase só se fala em futebol e verdadeiras fortunas circulam no meio, Maria Bueno, como era chamada no exterior, deixa um exemplo de vida e dedicação ao esporte. Ela amava tênis. Respirava tênis.

Mas também vamos lembrar que hoje começa a Copa do Mundo de futebol. A competição, que em teoria reúne as melhores seleções do mundo, vai promover um desfile de jogadores milionários e que certamente acrescentarão mais alguns cifrões em suas contas.

É claro que nossas expectativas ficam mesmo com o time comandado por Tite. Se de fato o treinador conseguiu juntar o time em torno de um só objetivo, é de se esperar que a conquista do título seja confirmada. No entanto, sempre é bom lembrar a lição de 2014. Do outro lado terá sempre um adversário que quer a mesma coisa, ser campeão. Talvez por vivermos um momento delicado, a empolgação não é tanta como há quatro anos. Mas sempre será um país em campo, representando seu povo que vibra e torce na esperança da vitória.

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Por: João Hermes

Radialista e cronista esportivo do Jornal Mensageiro desde 1985.

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