C

Comentando

O efeito furacão sobre um time da Argentina

O destaque da semana fica por conta da bela vitória do Atlético Paranaense diante dos argentinos do Boca Juniors pela Libertadores. O adversário não era um time qualquer. Era e é um time de tradição, de muitos títulos na competição continental e um adversário duríssimo de ser batido, seja onde for.

Os mais de 33 mil e 600 pagantes na noite de terça-feira, na Arena da Baixada, viram um grande jogo e que pode ser analisado da seguinte forma: O planejamento.

A equipe paranaense poupou quase que todo o time nos jogos do campeonato paranaense, e quando precisou, aplicou logo 8 gols no Toledo que vinha da conquista do primeiro turno. Depois, empilhou vitórias e garantiu a realização de todos os jogos da volta nas próximas fases, em seu estádio, por ter feito melhor campanha.

Mas o caso aqui é Libertadores. Com um plantel recheado de estrangeiros, o time da capital do Paraná dá mostras que enfim entendeu o que é jogar uma competição desse nível.

FoI um jogaço. O Boca, muito forte, criou várias oportunidades. Mas não fez. O Atlético teve uma atuação digna de “Furacão”, lutou por cada bola, dividida, metro quadrado, não deu folga ao adversário e viu sua atuação premiada com três gols de Marco Ruben, um dos artilheiros da competição: Atlético 3 x 0.

O estilo de jogo da equipe paranaense é jogo de guerreiro. Não se sabe se vai repetir esse mesmo desempenho em outros jogos. Mas na terça-feira mostrou muito futebol. E mantendo esse nível, vai dar trabalho aos adversários. Show a parte foi o torcedor. Passional, como sempre é na verdade o 12º jogador em campo. Com é bom ver isso. Até mesmo um grupo de torcedores argentinos não deixou de incentivar sua equipe. Esse é o futebol que queremos. Torcer sim. Mas com respeito e sem violência.

Quero também abordar essa semana sobre o elefante branco em que se transformou o estádio Mané Garrincha, em Brasília. Foi investido uma fortuna para preparar essa arena para a Copa de 2014, que agora vazio, vê sumir no ralo o dinheiro público. Em jogo recente, 60 torcedores estavam no estádio. Gente, 60 torcedores num estádio com capacidade para 72 mil, é assombroso. Trata-se do segundo maior do Brasil. O primeiro é o Maracanã. Não dá para aceitar uma coisa dessas.

Comentando

Por: João Hermes

Radialista e cronista esportivo do Jornal Mensageiro desde 1985.

Comentários