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VAR continua gerando muito desconforto no futebol

Não adianta a CBF vir em público afirmar que o VAR tem 98% de acertos. É obrigação ter 100% de acerto. É a máquina decidindo pelo ser humano. Mas a questão está em definir o tempo de análise do lance em questão. Vimos essa semana, um lance pela Liga dos Campões em sua primeira fase, um lance de pênalti em que o árbitro, ao marcar a penalidade, ainda dependia da confirmação do VAR, enquanto a bola parada na marca, jogador de cobrança em posição e o árbitro ouvindo as informações que recebia por rádio, até confirmar e autorizar a cobrança.

Em outra situação, o narrador do jogo transforma a jogada com uma narração digna de final de copa do mundo, grita gol e em alguns instantes, para a história para dizer que terá VAR para verificar alguma possível situação irregular na jogada.

Depois de alguns minutos, a arbitragem dá legalidade ao lance e o narrador volta a gritar gol, agora sem a mesma empolgação de antes.

Pois bem, isso virou uma piada. Não que a tecnologia tenha vindo para complicar, ela é saudável, é necessário que se faça uso dessa ferramenta. Mas a emoção das coisas se perdeu por causa do auxílio da máquina. A frieza tomou conta da emoção. E a turma do contra aumenta a cada dia. Seja dentro ou fora de campo. Só o torcedor terá a oportunidade de vibrar duas vezes para uma mesma situação.

Um outro assunto da semana, foi a greve dos jogadores do Figueirense, que sem receber em dia seus salários, não entraram em campo na terça-feira para o confronto diante do Cuiabá pela Série B. Deu WxO a favor dos cuiabanos. O Figueira deve sofrer dura penalização por parte da CBF, podendo até mesmo ser eliminado da competição. Os jogadores desembarcaram na quarta em Florianópolis e receberam apoio da torcida. A situação do time é delicada. Sem dinheiro, salários atrasados, sem uma boa campanha, corre risco de sofrer rebaixamento até mesmo antes de terminar o campeonato. Uma situação de se lamentar muito.

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Por: João Hermes

Radialista e cronista esportivo do Jornal Mensageiro desde 1985.

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