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Paranaenses estão um pouco menos endividados

Famílias de menor renda reduzem gastos para tentar controlar o endividamento

O endividamento dos paranaenses foi um pouco menor em abril. Segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR), o percentual de endividados no Paraná foi de 90,2% em abril. O resultado ficou levemente abaixo do registrado em março, quando 90,5% das famílias do estado possuíam algum tipo de dívida.

Essa redução foi puxada pelas famílias de menor renda, entre as quais o índice passou de 89,5% para 89,0%. Já entre as famílias com rendimentos mensais acima de dez salários mínimos o endividamento aumentou de 95,1% em março para 95,8% em abril.

Se por um lado os paranaenses contiveram os gastos, de outro tiveram mais dificuldades para quitar seus débitos em abril. A parcela de famílias inadimplentes subiu de 25,2% em março para 25,9% em abril e as que não terão condições de pagar as dívidas em atraso passaram de 10,9% para 11,0%. O aperto para pagar as contas acontece principalmente nas classes C, D e E, entre as quais as dívidas em atraso aumentaram de 27,5% em março para 28,3% em abril e a falta de condições de quitar os débitos passou de 12,1% para 12,8%.

Tipo de dívida

O cartão de crédito é sempre o principal motivo de endividamento e no mês passado concentrou 74,9% das dívidas dos paranaenses. O financiamento da casa própria tem pesado um pouco mais no orçamento das famílias e segue em alta desde outubro de 2020, o que indica a expansão do mercado imobiliário no estado. Em abril, a aquisição de imóvel representou 11,2% das dívidas. Já o financiamento de veículo caiu pelo segundo mês e correspondeu a 8,3% dos endividamentos.

Renda comprometida com dívidas

A maior parte dos paranaenses, 41,8%, acredita ter nível moderado de endividamento. No entanto, 36,5% reconhecem estar muito endividados. Em geral, 72,2% das famílias comprometem de 11% a 50% da renda com dívidas e apenas 20% despendem mais da metade dos rendimentos com suas contas.

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