gerência
Primeira mulher assume a maior divisão da Diretoria Financeira de Itaipu
Visão da nova gestão da usina hidrelétrica visa fortalecer as políticas de incentivo à equidade de gênero na empresa, conforme as diretrizes do Governo Federal.
Texto por assessoria . Fotos por Arquivo Pessoal . 31 de julho de 2023 . 17:19
A engenheira de alimentos Camila Jácome de Campos é a primeira mulher a assumir a Divisão de Almoxarifados da Diretoria Financeira da Itaipu Binacional (MTAA.DF), uma gerência dentro da Superintendência de Materiais da usina. Esta é a maior divisão dentro da DF, que conta com 29 pessoas, sendo 13 paraguaios e 16 brasileiros.
A nomeação da empregada, publicada na terça-feira (25), está alinhada à nova visão da empresa, que busca o fortalecimento das políticas de incentivo à equidade de gênero, em consonância com as diretrizes do Governo Federal. Campos substitui Fabrício Rocha, que vinha acumulando o cargo de gerente da MTAA.DF com o de Superintendente de Materiais da mesma diretoria. “Reconhecemos que ainda há um longo caminho a percorrer para aumentar a representatividade feminina em posições de liderança em nosso país. Segundo o IBGE, por exemplo, somente 37,4% dos cargos gerenciais existentes, em 2019, eram ocupados por mulheres”, explicou o diretor financeiro executivo, André Pepitone.
Além da nomeação de Campos, a Diretoria Financeira também nomeou a nova gerente da Divisão de Contabilidade Geral (OCCG.DF), Franciele Camila Tognon Tonelli. Esta vem substituir Emerson Cardoso Teotonio, da Divisão de Análise Contábil (OCCA.DF), que também estava acumulando o cargo. “É com grande satisfação que anunciamos a nomeação de duas profissionais capacitadas e comprometidas, a Camila e a Franciele, para cargos de gerência na Diretoria Financeira, porque, nós, da atual gestão, acreditamos que a diversidade em nosso time é fundamental para o sucesso organizacional, e temos certeza de que elas trarão uma perspectiva valiosa e inovadora para a empresa”, afirmou Pepitone.
Trajetória de Camila Campos
Camila Campos é empregada de carreira da Itaipu, paulistana e formada em Engenheira de Alimentos na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em Florianópolis.
Antes de vir para Foz do Iguaçu, ela trabalhava na Kraft Foods (atual Mondelez), em Curitiba. Em 2013, prestou processo seletivo para Profissional de Nível Universitário com formação nas áreas de Engenharia Administrativa, e começou a trabalhar na Divisão de Bens Patrimoniais e Alienações (MTAB.DF) de Itaipu, onde ficou até janeiro de 2019, quando foi transferida para a Divisão de Almoxarifado (MTAA.DF). “A transferência ocorreu exatamente porque víamos nela um grande potencial para possível promoção. Ela fez por merecer e a empresa reconheceu isso com a nomeação”, contou o superintendente da área, Fabrício Rocha.
Segundo Campos, a nomeação para o cargo é uma responsabilidade grande e uma missão com todas as demais mulheres da empresa. Isso porque, de acordo com ela, nos últimos anos têm aumentado a participação feminina nos processos seletivos da Itaipu e a classificação das candidatas nas primeiras colocações. “Isso auxilia muito no fortalecimento da equipe feminina dentro da Itaipu Binacional, quebrando certos paradigmas. Então, assumir uma gerência que, até então, era exclusivamente masculina, é um grande desafio”, avaliou a nova gerente.
Outras mulheres na Diretoria Financeira
Na atual gestão, a engenheira Renata de Biasi Ribeiro Tufaile foi nomeada gerente executiva do Plano de Atualização Tecnológica (PAT) da Itaipu, considerado o maior e mais complexo projeto da usina desde a sua construção. A tendência é que outras mulheres sigam o mesmo caminho, a exemplo da Camila e Franciele.
Para a assessora de Responsabilidade Social, Fiorinda Martins Moreira Pezzatto, são exemplos como esses, que demonstram como as empresas podem colocar em prática as políticas públicas que geram ganhos não apenas para as organizações, mas para a sociedade em geral.
De acordo com dados do Relatório de Sustentabilidade, publicado nesta quarta-feira (26), no site oficial da Itaipu (leia mais aqui), em 2022, a margem brasileira da usina hidrelétrica contava com 1.285 profissionais, dos quais 1.033 eram homens e apenas 252 mulheres.
Na tentativa de modificar essa realidade, a Itaipu Binacional realizou nesta terça-feira (25), o 1º Encontro de Integração de Mulheres Latino-Americanas, oportunidade na qual foram debatidas e defendidas ações e a necessidade de integração de políticas públicas para a equidade de gênero na região. Entre elas, houve o anúncio da implantação, em Foz do Iguaçu (PR), da Casa da Mulher Brasileira, serviço de apoio multidisciplinar do Governo Federal às vítimas de violência doméstica e familiar, com investimentos na ordem de R$ 7,5 milhões. Esta é a primeira Casa da Mulher Brasileira em região de fronteiro do Brasil. Além dela, o diretor-geral brasileiro de Itaipu, Enio Verri, assinou um aditivo ao convênio com a Associação dos Funcionários e Amigos da Polícia Civil, para a retomada das obras no prédio que abrigará a Delegacia da Mulher e o Instituto de Identificação de Foz do Iguaçu. O investimento aportado pela empresa no projeto será de R$ 3,5 milhões (leia a matéria completa aqui).
A Itaipu
Com 20 unidades geradoras e 14 mil MW de potência instalada, a Itaipu Binacional é líder mundial na geração de energia limpa e renovável, tendo produzido, desde 1984, 2,9 bilhões de MWh. Em 2022, foi responsável por 8,6% do suprimento de eletricidade do Brasil e 86,3% do Paraguai. A empresa tem como missão “Gerar energia elétrica de qualidade com responsabilidade social e ambiental, contribuindo com o desenvolvimento sustentável no Brasil e no Paraguai.”
Comentários