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Varejo paranaense apresenta resultados promissores antes da aceleração de casos de Covid-19

Volume de vendas em janeiro foi praticamente o mesmo de antes da pandemia

O varejo paranaense apresentou resultados promissores em janeiro segundo a Pesquisa Conjuntural da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR). Antes do novo agravamento do cenário de saúde no país e no Paraná e fechamento do comércio em várias cidades, o indicador de vendas estava praticamente no mesmo patamar de janeiro de 2020, com redução de apenas 0,38% na comparação com o período pré-pandemia.

Todavia, esse comportamento não ocorreu da mesma forma em todos os setores. Para alguns, como farmácias (14,58%), materiais de construção (9,44%), supermercados (6,46%) e lojas de Departamentos (6,29%), houve crescimento significativo, de mais de 5% na variação anual. Por outro lado, setores como livrarias e papelarias (-27,66%), vestuário e tecidos (-24,80%) e calçados (-24,07%) chegaram a apresentar quedas superiores a 20%. Essa diferença está relacionada às mudanças no comportamento do consumidor desde o início da pandemia e às restrições de circulação e suspensão das aulas presenciais, no caso das papelarias.

Na comparação com dezembro, quando o volume de vendas é sempre maior por causa do pagamento do 13º salário e das compras de Natal, houve queda de 19,72%, o que é característico do mês de janeiro.

Dados regionais

O faturamento foi positivo para o comércio de Londrina, com alta de 4,74%, assim como em Ponta Grossa, com elevação de 2,17%, e em Curitiba e Região Metropolitana, com aumento de 1,03% na comparação com janeiro de 2020. Já os estabelecimentos comerciais da região de Maringá apresentaram prejuízos de 11,35%, bem como o varejo da região Oeste, com redução de 5,50%, e Sudoeste, com baixa de 2,57%.

Formação de estoques

As compras para formação de estoques foram 2,62% maiores em janeiro deste ano, evidenciando a perspectiva otimista dos lojistas antes da nova aceleração do número de casos de Covid-19. Os segmentos que adquiriram mais mercadorias foram materiais de construção (52,38%) e móveis, decorações e utilidades domésticas (19,82%), diante do aumento no fluxo de vendas nos últimos meses.

Empregos

O volume de empregos no varejo iniciou o ano 7,15% menor do que em janeiro de 2020, principalmente nos setores mais afetados pela pandemia: calçados (-27,08%), livrarias e papelarias (-20,72%), concessionárias de veículos (-17,03%) e vestuário e tecidos (-13,55%). Em relação a dezembro, o número de trabalhadores do comércio teve redução de 2,11%, com a dispensa dos temporários contratados no fim do ano passado.

No entanto, os gastos dos empresários com a folha de pagamento estão 1,13% maiores do que em dezembro, em função do reajuste dos salários mínimos nacional e regional e das convenções e acordos coletivos de trabalho. Já na comparação com janeiro de 2020, estão 2,50% menores, justamente pela redução do quadro funcional.

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