Educação e Cultura

PTI

Projeto “Mão na Massa” usa criatividade e tecnologia para contribuir com a formação de alunos do Buba

Na última sexta-feira (22) a turma do projeto-piloto, promovido em parceria a Secretaria Municipal de Educação, realizou a última atividade do ano no Parque Tecnológico  

O encontro final dos alunos do projeto-piloto “Mão na Massa”, realizado pelo Parque Tecnológico Itaipu (PTI) em parceria a Secretaria Municipal de Educação de Foz do Iguaçu, teve direito a uma aula de astronomia em uma sessão no planetário do Polo Astronômico, na última sexta-feira (22). 

A ideia de trazer a turma, que tem adolescentes entre 10 e 12 anos, do Centro de Convivência Francisco Buba para o Parque Tecnológico, conforme William Bogler, um dos orientadores do projeto, foi dar oportunidade aos alunos de conhecer as estruturas e mostrar a possibilidade de um dia voltarem como colaboradores ou pesquisadores da instituição.

O “Mão na Massa” é uma iniciativa de aprendizagem criativa aliada à Educação 4.0 que foi desenvolvida durante este ano, em encontros semanais que tiveram como objetivo estimular competências como a criatividade, a autonomia e proporcionar o acesso a novas tecnologias. 

Isso tudo com muita atividade prática, como o próprio nome sugere. Um dos “produtos” desse trabalho foi um braço hidráulico, conta Bogler, feito a partir de conhecimentos de mecânica, programação e lógica, que agora fica à disposição do Centro de Convivência. 

O orientador afirma que, no começo, os alunos tiveram uma certa resistência em voltar para a “sala de aula” do projeto no contraturno escolar, mas que ao, perceberem que poderiam criar soluções para problemas que eles identificaram e que os materiais produzidos poderiam ser levados para casa, aderiram e não faltavam às aulas mesmo em dias de chuva. “O desafio foi grande, mas eles mesmo abraçaram”. 

A coordenadora do Centro de Convivência Francisco Buba, Roseli Maria de Souza, também comentou o estranhamento das crianças e adolescentes no início do projeto, uma vez que a maior parte das atividades que eles costumam desempenhar no local é esportiva. “No início eles não estavam gostando, porque é ficar em sala, né? E eles estavam acostumados a brincar. Mas foram vendo, com o passar do tempo, que estavam construindo coisas diferentes”. 

Roseli disse ter ficado emocionada ao ver o braço feito pelos alunos. “Pra mim também é novidade. A gente não é da época de informática, não tinha muito pra trabalhar, era mais quadro e papel mesmo”.

A evolução dos estudantes durante o projeto foi destacada pelo coordenador dos centros de convivência escola-bairro de Foz do Iguaçu, Carlos Eduardo Santos. Como exemplo, ele citou a participação do grupo na Feira de Inovação das Ciências e Engenharias (FIciencias). “Eles mostraram em seus trabalhos soluções para situações que os incomodavam, como tampar a piscina para evitar a entrada de sujeira, por exemplo. Ter essa visão de pensar no local e em formas de melhorá-lo por meio de tecnologias, trabalhando a sustentabilidade, é muito interessante”. 

Quanto ao futuro da iniciativa, a expectativa de Santos “é renovar o contrato ou até mesmo ampliá-lo”. Atualmente o município conta com seis centros de convivência, que promovem diversas atividades no contraturno escolar. O Parque Tecnológico também tem interesse na continuidade do projeto, que está em fase de negociação. 

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