Especial

CUMPLICIDADE

Dia do Irmão

O Dia do Irmão foi comemorado em 05 de setembro, em homenagem ao aniversário de falecimento da missionária Madre Teresa de Calcutá, falecida nesta data em 1997 – por indicação e iniciativa da Igreja Católica no Brasil. E como forma de homenagearmos essas pessoas tão próximas e cúmplices, a reportagem conversou com irmãos que moram longe, irmãos que moram juntos, irmãs trigêmeas e um filho único.

Adriana Husein, com os irmãos Alexandre e Adilson

Meu irmão Adilson mora em São Paulo e o Alexandre ainda está em Medianeira. E não dividindo o mesmo lar com eles, sinto muita falta deles. Éramos muito próximos na infância e adolescência. Como o Alexandre era o caçula e depois eu nasci, crescemos juntos. Havia discussões todos os dias, mas como sempre acontece, acabávamos fazendo as pazes minutos depois – ou por ordem da mãe e do pai. Mesmo estando distante, fazem esforço e vêm me visitar em todas as datas importantes, como na minha formatura da graduação. O que facilita a aproximação é a internet, uso do Facebook e do WhatsApp para conversar bastante, fazer chamada de vídeos e trocar fotos. Ainda acontecem as discussões, mas no final, nos reconciliamos. Mas a falta maior que sinto é do meu irmão que faleceu há pouco tempo – ele não viu minhas graduações nos ensinos médio e superior. E o maior presente que ganhei de ambos é que eles tiveram filhos e fui convidada para ser madrinha das crianças. Mesmo não estando ao lado, sempre mantemos contato.

Latoya Gabrieli da Silva com as irmãs Emanuela (moram juntas) e Bianca

Sou bastante protetora. Afinal, sou a irmã mais velha de nós três, a que consideram “chata” do trio (risos). Eu e a Manu ainda moramos juntas, dividimos nossas tarefas em casa, ajudamos nossos pais. Nossos gênios, gostos, manias e temperamentos são bem diferentes um do outro – e sempre acaba rolando as discussões, algumas rápidas, outras nem tanto. Mas como qualquer irmão que se preze, pouco tempo depois papeamos normalmente. Sempre estou disponível para ajudá-las e a abrir os melhores caminhos por conselhos. Não me imagino sem elas, que são pedaços do meu mundo.

Francine, Franciele e Franciane Bonatto – Trigêmeas

O relacionamento entre nós é normal como em qualquer família. Hoje está um pouco distante: mesmo morando em Medianeira, a Franciane casou, mora em outro lar e acaba passando mais tempo com os parentes do marido. E a Franciele passou num concurso para a UTFPR de Guarapuava, iniciou mestrado e mora em Guarapuava. Mesmo cada uma indo para o seu lado ou pela distância, não perdemos contato e nos vemos de vez em quando: eu as visito ou elas vêm me visitar em casa. E por sermos trigêmeas, acabam acontecendo histórias engraçadas. Como eu e a Franciane temos fisionomias muito parecidas, as pessoas nos confundem até hoje, cumprimentam chamando pelo nome da outra e acaba ficando sem jeito (risos). Até mesmo nos tempos da escola: a professora chamava atenção e confundia eu com a Franciane, ou uma aprontar algo e a outra levar a bronca.

Lucas Fernando Valentini – Filho único

Não sei contar quantas vezes fui questionado, assim que alguém soube que eu não tenho irmão. Fazem piadinha sem graça e, muitas vezes, opinam por algo que não sabem. Tudo o que eu tenho hoje conquistei trabalhando, nada veio de graça – a não ser o amor dos meus pais. O amor deles é algo que não posso descrever, a minha vida é eles e eu sou a deles. Minha mãe já me mimou, é claro… Ainda mima! Mesmo com 25 anos, ela ainda me liga querendo saber onde estou à noite. Me força a tomar remédio, cobra o tempo todo. Sorri quando eu sorrio, chora quando eu choro. E meu pai? A mesma coisa. Baita paizão que tenho! Sou meio folgado é verdade, algumas mordomias “a mais”, mas, sou o ÚNICO FILHO deles! Então, se ambos demonstram tanto amor, quem é que se acha no direito de questionar isso? Se você nem conhece e considera alguém mimado por ser filho único, procure conhecer a pessoa. Se você tem irmão, valorize! Eu sinto falta, mas não posso culpá-los por não ter um.

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