CUMPLICIDADE
Dia do Irmão
O Dia do Irmão foi comemorado em 05 de setembro, em homenagem ao aniversário de falecimento da missionária Madre Teresa de Calcutá, falecida nesta data em 1997 – por indicação e iniciativa da Igreja Católica no Brasil. E como forma de homenagearmos essas pessoas tão próximas e cúmplices, a reportagem conversou com irmãos que moram longe, irmãos que moram juntos, irmãs trigêmeas e um filho único.
Texto por Assessoria . Fotos por Arquivo Pessoal . 12 de dezembro de 2017 . 14:40


Meu irmão Adilson mora em São Paulo e o Alexandre ainda está em Medianeira. E não dividindo o mesmo lar com eles, sinto muita falta deles. Éramos muito próximos na infância e adolescência. Como o Alexandre era o caçula e depois eu nasci, crescemos juntos. Havia discussões todos os dias, mas como sempre acontece, acabávamos fazendo as pazes minutos depois – ou por ordem da mãe e do pai. Mesmo estando distante, fazem esforço e vêm me visitar em todas as datas importantes, como na minha formatura da graduação. O que facilita a aproximação é a internet, uso do Facebook e do WhatsApp para conversar bastante, fazer chamada de vídeos e trocar fotos. Ainda acontecem as discussões, mas no final, nos reconciliamos. Mas a falta maior que sinto é do meu irmão que faleceu há pouco tempo – ele não viu minhas graduações nos ensinos médio e superior. E o maior presente que ganhei de ambos é que eles tiveram filhos e fui convidada para ser madrinha das crianças. Mesmo não estando ao lado, sempre mantemos contato.


Sou bastante protetora. Afinal, sou a irmã mais velha de nós três, a que consideram “chata” do trio (risos). Eu e a Manu ainda moramos juntas, dividimos nossas tarefas em casa, ajudamos nossos pais. Nossos gênios, gostos, manias e temperamentos são bem diferentes um do outro – e sempre acaba rolando as discussões, algumas rápidas, outras nem tanto. Mas como qualquer irmão que se preze, pouco tempo depois papeamos normalmente. Sempre estou disponível para ajudá-las e a abrir os melhores caminhos por conselhos. Não me imagino sem elas, que são pedaços do meu mundo.


O relacionamento entre nós é normal como em qualquer família. Hoje está um pouco distante: mesmo morando em Medianeira, a Franciane casou, mora em outro lar e acaba passando mais tempo com os parentes do marido. E a Franciele passou num concurso para a UTFPR de Guarapuava, iniciou mestrado e mora em Guarapuava. Mesmo cada uma indo para o seu lado ou pela distância, não perdemos contato e nos vemos de vez em quando: eu as visito ou elas vêm me visitar em casa. E por sermos trigêmeas, acabam acontecendo histórias engraçadas. Como eu e a Franciane temos fisionomias muito parecidas, as pessoas nos confundem até hoje, cumprimentam chamando pelo nome da outra e acaba ficando sem jeito (risos). Até mesmo nos tempos da escola: a professora chamava atenção e confundia eu com a Franciane, ou uma aprontar algo e a outra levar a bronca.


Não sei contar quantas vezes fui questionado, assim que alguém soube que eu não tenho irmão. Fazem piadinha sem graça e, muitas vezes, opinam por algo que não sabem. Tudo o que eu tenho hoje conquistei trabalhando, nada veio de graça – a não ser o amor dos meus pais. O amor deles é algo que não posso descrever, a minha vida é eles e eu sou a deles. Minha mãe já me mimou, é claro… Ainda mima! Mesmo com 25 anos, ela ainda me liga querendo saber onde estou à noite. Me força a tomar remédio, cobra o tempo todo. Sorri quando eu sorrio, chora quando eu choro. E meu pai? A mesma coisa. Baita paizão que tenho! Sou meio folgado é verdade, algumas mordomias “a mais”, mas, sou o ÚNICO FILHO deles! Então, se ambos demonstram tanto amor, quem é que se acha no direito de questionar isso? Se você nem conhece e considera alguém mimado por ser filho único, procure conhecer a pessoa. Se você tem irmão, valorize! Eu sinto falta, mas não posso culpá-los por não ter um.
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