Na década de 1950, a vila de Medianeira era formada por poucas construções e uma área de mata nativa extensa. É comum ouvir nas histórias dos pioneiros, que parte da alimentação dos moradores era composta por carnes provenientes da caça. Em grupos ou sozinhos, eles saiam para caçar porco do mato, capivara, veado e paca. Os relatos de quem viveu nesse período apresenta uma narrativa marcada por aventuras, caçadas e muitas vezes medo dos animais selvagens, que compartilhavam os espaços com os moradores recém-chegados.

Na foto acima, a caçada de uma onça no ano de 1953, em que Fercil Grapiglia posa ao lado da onça. Em 1953, nas imediações do “aeroporto”, Odilon Pateni de Oliveira e Paulo Becker, mataram a onça a tiros de espingarda. O feito despertou a curiosidade de todos os moradores da “vila” e muitos curiosos tiraram fotos com o animal. Chegaram a colocar um pedaço de madeira embaixo do pescoço da onça para simular que ela estava viva.

Essa é uma das histórias coletadas pela equipe da Casa da Memória Roberto Antonio Marin. Quem compartilhou conosco essa memória foi a medianeirense Catari Caigaro Pateni, que nos procurou para relatar quem foram os autores da caçada épica. Catari veio ainda criança morar em Medianeira com seu pai Odilon Pateni na década de 1950 e permanece na cidade até hoje.

A Casa da Memória Roberto Antonio Marin de Medianeira é a guardiã das memórias do município, um espaço dedicado à documentação, pesquisa e resgate do Patrimônio Cultural.

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