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Memórias

MEMÓRIAS

Memórias do Jornal Mensageiro

Seguindo a publicação de reportagens históricas do Jornal Mensageiro, nesta semana destacamos uma matéria sobre uma  bomba que destruiu parcialmente uma sala do Colégio Mondrone, em Medianeira (publicada em 26 de outubro de 1985).  Coincidentemente, o recente atentado  a tiros no Colégio também foi em outubro (28 de outubro de 2018).    

Data de publicação original: 26/10/1985

Número da edição original: 476

Fac-símile da reportagem de 26 de outubro de 1985

Bomba no Mondrone

No dia 16 de outubro, pela madrugada, os moradores das proximidades do Colégio Estadual João Manoel Mondrone acordaram sobressaltados, devido a um grande barulho de explosão, esta que teria ocorrido nas dependências do referido colégio.

Na manhã do mesmo dia, por volta das 8:00 horas, o Diretor do Colégio, Alberto Selinke Jr, constatou a existência de uma sala semi destruída pelo que de inicio se supunha uma bomba. Averiguando o fato o Diretor do Colégio comunicou o fato a 2° Cia Policia Militar, nesta cidade, sendo que para o local se dirigiram a dupla de policiais Kitagawa e Edwirges, com a viatura 1070. Lá chegando a dupla observou a existência de uma carteira destroçada bem como todos os vidros da sala de aula. Como o diretor se encontrava presente segundo informações dos policiais estes pediram para que o Diretor isolasse a área, para posteriores investigações, bem como periciais técnicas que se fizessem necessárias.

Ocorre que para azar, ou mesmo para evitar uma profunda investigação o local foi “prejudicado” inclusive varrido, não se prestando mais as pericias. Não se sabe por ordem de quem, mas o fato é que com a limpeza do local a policia técnica que se deslocou de Foz do Iguaçu para Medianeira nada puderam apurar.

Por volta das 9:30 horas o Diretor Alberto Selinke compareceu a Delegacia, trazendo consigo os destroços da carteira e cadeira assim como fragmentos da suposta bomba, comunicando o fato as autoridades policiais, que determinou o registro da queixa. E de imediato determinou ao setor de investigações criminais, composto pela agente Wilson e Magnun, os quais estão em franca diligência para apurar o causador do fato.

A bomba de fabricação caseira, de pequeno porte, contendo aproximadamente 100 gramas de pólvora, apesar de muito bem elaborada não dava mostras de ser elaborada por algum especialista.

Este fato muito comentado chegou a ser tomado como um ato político que deixou muita gente com a pulga atrás da orelha, pois a partir do momento em que comentaram que isto havia ocorrido devido ao envolvimento de membros da diretoria do colégio com um partido da cidade, estes começaram a se evadir com desculpas das mais sem cabimentos nos forçando a fazer uma investigação minuciosa, indo diretamente a Delegacia de Polícia local para apurar a realidade dos fatos, e consertar a real verdade.

   (Luiz F. Alvez)

Mobiliário destruído devido à explosão

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