MEMÓRIA
Rio Alegria
Texto por ASSESSORIA . Fotos por Acervo Silvia Biesdorf / Divulgação/ Arquivo Casa da Memória . Republicado em 6 de junho de 2024 . 15:36
Data de publicação original: 06/06/2024
Número da edição original: 2313
Quem vê o Rio Alegria hoje, passando pelo centro da cidade, não sabe a importância que ele já teve para a população. Além de ser a principal fonte de captação de água para abastecimento do município, o Rio já teve outras funções para nossa população. Na década de 1950, quando chegaram as primeiras famílias colonizadoras, era utilizado pelas mulheres para lavagem de roupa. Ao longo do leito do rio, existiam vários pontos, especialmente onde haviam pedras, em que as mulheres levavam as roupas de toda a família para serem lavadas.
Outra importante função que o Rio Alegria possuía era para o moinho de grãos. Na década de 1950 surgiu o 1º moinho da cidade, o Moinho Santo Antônio, pertencente à Família Belotto, construído em uma chácara dos diretores da Colonizadora Bento Gonçalves, Pedro Soccol e José Callegari. O local foi escolhido pois tinha uma queda d’água, ideal para colocar a roda d’água. A família Belotto ficou dois anos com o Moinho, adquirido posteriormente pela Empresa Zornitta & Cia Ltda. Era utilizado para a moagem de diversos tipos de grãos, especialmente para moer milho para fazer fubá, já que a polenta era um dos pratos apreciados pelos descendentes de italianos que aqui chegaram.
E não podemos deixar de mencionar que o Rio Alegria também foi utilizado para a Construção da barragem da Usina Hidrelétrica do Frigorífico Medianeira S.A, que abasteceu Medianeira entre os anos de 1963 a 1965. Após essa data, com a instalação da Copel, a usina passou a fornecer energia apenas para o frigorífico. Atualmente a área faz parte do Parque Ambiental da Frimesa.
Todas essas informações e documentos históricos fazem parte do Acervo da Casa da Memória Roberto Antonio Marin que foram compartilhadas conosco pela população. É fundamental essa participação da população na construção do nosso acervo, assim conseguiremos juntos construir uma história marcada pela diversidade de todos os medianeirenses.
A Casa da Memória Roberto Antonio Marin de Medianeira é a guardiã das memórias do município, um espaço dedicado à documentação, pesquisa e resgate do Patrimônio Cultural.
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