No ano de 1986, após assumir o governo municipal de Medianeira, o prefeito Adolpho Mariano da Costa foi em busca de recursos para trazer para o município uma estrutura educacional e cultural até então inexistente na região. Após tomar conhecimento que o governo de José Sarney tinha como projeto a implantação de 200 escolas técnicas federais em todo o território nacional, a gestão Adolpho elaborou um plano de ação, discreto para não chamar atenção de municípios vizinhos, com o intuito de estabelecer contatos no mais elevado escalão da República. Assessorado por seus secretários municipais, foi apresentado o projeto que elencava Medianeira como uma região de economia baseada na agropecuária e agroindustrialização, com potencial de desenvolvimento e que, apesar disso, não possuía escola técnica em um raio de 500 quilômetros. Como contrapartida para a instalação da unidade técnica, o município oferecia a doação de uma área privilegiada no bairro Parque Independência, com infraestrutura viária, energia elétrica, urbanização, rede de água e telefone.

No final de 1986, durante uma reunião em Brasília, o Ministro da Educação, Jorge Bornhausen, fez o anúncio dos municípios que seriam contemplados, e entre eles estava Medianeira, algo que gerou muitas controvérsias e causou espanto em alguns políticos, que almejavam levar tamanha infraestrutura para cidades maiores.

Em 06 de Fevereiro de 1987, através da Portaria 067/87, nascia o Centro Federal de Educação Tecnológica do Paraná (CEFET-PR) Unidade de Medianeira do CEFET-PR, a qual, depois de 18 anos foi transformada em Universidade Tecnológica Federal do Paraná. A inauguração oficial da escola deu-se em 30 de maio de 1990. Entrou em funcionamento ofertando dois cursos: Técnico em Alimentos (carnes) e Técnico em Eletromecânica. Cada curso ofertou 120 vagas. Para o exame de admissão inscreveram-se 627 candidatos, com uma relação 4,5 candidatos/vaga. A maioria dos aprovados era proveniente de municípios da região Oeste do Paraná.

A Casa da Memória Roberto Antonio Marin de Medianeira é a guardiã das memórias do município, um espaço dedicado à documentação, pesquisa e resgate do Patrimônio Cultural.

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