trajetória
Medianeira foi a base do sucesso
Texto por Ana Cláudia Valério . Fotos por Divulgação . 7 de fevereiro de 2019 . 14:11
“Eu sou um egresso do grande Colégio João Manoel Mondrone! Falo com orgulho, porque junto com a Escola Plínio Tourinho, foram os locais onde obtive a base de conhecimento que venho utilizando em todos os desafios da vida”. Foi assim que Rogério Francisco Stein iniciou a entrevista para a coluna Nosso Povo dessa semana. Ele que é pai de três filhos e mais dois enteados que a vida lhe deu.
A família mudou para Medianeira na década de 1970, vinda de Guarapuava e, segundo ele, tiveram a felicidade de morar por muitos anos em uma cidade que “puxa pra cima” as pessoas que querem crescer. “Os inúmeros exemplos de sucesso que vejo até hoje rompendo as barreiras da cidade, da região e ganhando o país, provam esta característica ímpar do município”, destaca.
E Rogério foi uma dessas pessoas que cresceu e despontou internacionalmente. “Há 27 anos criamos em sociedade a STEIN TELECOM e quando pude, comecei a investir em empreendimentos agropecuários. Hoje atuamos em todo o Brasil e temos orgulho de ser a maior em nosso segmento na América Latina”, salienta.
O sucesso, segundo o empresário, foi trilhado com muito trabalho e experiências enriquecedoras. “Sabedora de dificuldades que minha família passava, a diretora da escola chamou-me a sua sala e vaticinou: ‘Amanhã, às 7 horas, você não vem a escola. Vai trabalhar na Cooperativa de Eletrificação. Virá a escola no período noturno’. Meu desempenho na escola me credenciou para essa indicação. Foi ótimo, mas durou pouco, porque descobri algo que queria fazer e não abri mão de trocar. Novamente foi através da escola que surgiu a segunda oportunidade, e que mudou minha vida. A professora de português levou a sala para visitar um empreendimento que me capturou imediatamente: um jornal! E adivinha, era o Mensageiro! Troquei de almoxarife para entregador de jornal. Não demorou para ganhar experiência e aprendizado e virar repórter, ‘copy desk’ e começar a escrever no jornal e na Revista Mosaicos. Que vitória a primeira matéria com meu nome nos créditos”, relembra.
E foi daqui deste jornal que ele alçou outros voos na área da comunicação. “Trabalhei com jornalismo nas rádios da região. No tempo que não existia internet nem celular e muito menos emissoras regionais de TV. Estes órgãos eram os únicos provedores de informações da região. Fui contratado pela Voz do Brasil na região, interagi com envio de informações para grandes órgãos de jornal e TV que não tinham repórteres ou emissoras por aqui. O ciclo venceu. Cheguei onde podia nesta área na nossa região: mudei.”
Foi essa mudança que o levou ao ramo em que atua. “No Centro Oeste do país consegui emprego numa grande empresa de Telecomunicações. As experiências do tempo de imprensa foram inestimáveis e me ajudaram a chegar a Direção Regional da corporação. Atuei em Campo Grande, Cuiabá, Brasília. Aprendi, cresci, estudei e me graduei em Administração”, relata.
Hoje, Rogério fala do trabalho na área de comunicação e da passagem por este jornal de forma emocionante. “Quando se trabalha na imprensa, todos os assuntos lhe dizem respeito. Faliu uma grande empresa? Nasceu um novo município? Fundou-se uma cooperativa? Abriu-se o canal de desvio da Itaipu? Eleição de prefeito depois de mais de 25 anos de interventores? Colheita rendeu muito ou pouco? Acidentes? Roubos? Golpes e fraudes? Carnaval? Lutos? Tudo é do interesse, e cada um desses assuntos lhe remete a conhecer algo de economia, de política, de sociedade, de relacionamento e, portanto, de vida. Sou um eterno devedor aos órgãos onde trabalhei, em especial ao Mensageiro. O que ali aprendi não se ensina em escolas ou universidades. Talvez poucos tenham a chance de viver tantas vidas dentro de uma só, conhecendo de perto coisas de mundos tão diferentes”, narra emocionado.
E para o futuro, o empresário diz olhar para frente, não necessariamente para longe. “Penso que estamos geograficamente no centro de uma das regiões do mundo que tem, no restante deste século, as maiores oportunidades e espaços para crescimento. Não é a toa que as grandes empresas estão buscando fixar posições na área do agronegócio. Nossa empresa tem desenvolvido soluções de telecom e enxerga muitas oportunidades nessa nova era da ‘Internet das Coisas’, do 5G e da ‘nuvem’. A precisão e o consequente ganho disso, em escala, tem relação direta com o futuro da agricultura e pecuária do mundo. Em nossas fazendas hoje já usamos a tecnologia e já sabemos do que ela é capaz. De resto, é curtir meus netos que estão demais!”, ressalta.
Mesmo tendo saído de Medianeira há mais de 29 anos, Rogério garante que ainda se sente parte desta comunidade. “Amigos, familiares, compadres e a minha história mantém-me conectado e sempre que posso fico muito feliz em poder estar na cidade”, finaliza.
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