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Nosso Povo

O verdadeiro propósito da vida

“Realizada profissionalmente, com certa segurança financeira, em 2016, ao completar 10 anos de formada, uma sequência de fatos me desestabilizaram psicologicamente. Perdi meu pai em um acidente automobilístico, nasceu minha primeira filha e a empresa em que eu trabalhava encerrou as atividades. Foi assim, que pela primeira vez me perguntei: ‘O que isso tudo quer me dizer?’ Em meio a felicidade de ter minha filha em minhas mãos e a dor da perda de uma das pessoas mais importantes da minha vida, eu decidi não fazer nada. Não busquei novo trabalho, não pensei no que empreender, e pela primeira vez na minha vida eu decidi Ser, Ser o luto que ainda vivia em mim, permitindo sentir o vazio que se criou em meu peito, para então aos poucos preencher meu coração com todo o amor incondicional que a maternidade me proporcionava. Conforme eu curava meu coração, sentia dentro de mim uma nova Caroline nascendo, foi então que comecei a fazer coisas que eu sentia como um ‘chamado sem tentar entender porque, ou julgar se era certo ou errado’”. Este é o relato de Caroline Schierholt, engenheira civil, formada em 2006, e que teve uma virada de chave na vida, mas ao se permitir sentir o momento em que vivia, acabou se encontrando.

Ela que nasceu em Medianeira, em 21 de outubro de 1981, é filha de Valdermar Hermann Schierholt (in memoriam) e Rita Schierholt, e tem uma irmã, Iolanda. É casada com Edward Balbinotti, e mãe da Sofia, 7 anos, e da Ana Sol, 3 anos. “Fui uma criança tímida e de poucas amizades, mas que ao atravessar a barreira da insegurança, logo me tornava uma pessoa muito extrovertida e de conversar longas. Sempre gostei de compartilhar histórias, experiências e momentos da minha vida com as pessoas próximas. Mesmo sendo tímida, ficar sozinha não era uma opção para mim, o que tornava a casa dos meus pais um local de encontros e comemorações”, recorda.

Após sua formação em Engenharia Civil, Caroline atuou principalmente na construção de Parques Eólicos, tendo oportunidade de conhecer muitas cidades brasileiras e suas diversidades sociais e culturais. E como ela mesmo contou, após 10 anos de formada e com algumas mudanças que a vida nos impõe, passou por um processo de autoconhecimento. Foi quando decidiu fazer o curso de Fotografia. “Compreendi que o foco depende de como eu ajusto a lente, por isso cada foto é única, assim como os fatos da vida, cada um de nós foca conforme suas perspectivas e experiências. Fiz curso de Eneagrama, e comecei a compreender porque cada um tem uma lente diferente para a vida e, principalmente, qual era a lente que até esse momento eu estava usando. Em seguida, eu que já fui muito cética, afirmo que, o Universo me apresentou as Constelações Sistêmicas, onde aprendi como uma lente suja prejudica nossa visão, e o mais importante: posso escolher limpar essa lente com muita gentileza”, relata.

Foi a partir do autoconhecimento que Caroline deu início a um processo de transformação pessoal, buscando leituras, terapias, técnicas, estilo de vida, que proporcionassem clareza sobre quem ela é, porque age dessa ou daquela maneira e quais os possíveis caminhos que poderiam ajudá-la a alcançar sua mudança. “A autocobrança pelo reposicionamento profissional foi a questão que mais me trouxe ansiedade e vontade de desistir de tamanha introspecção. Mas que tive força para superar por ter clareza de que nada se cria fora da gente, e sim somente quando estamos alinhados com nosso ‘verdadeiro propósito de vida’, é que somos capazes de ser nossa melhor versão, em qualquer segmento da nossa vida, seja relacionamento, maternidade, profissional e saúde. Foi assim que pude retornar à vida profissional, sem me limitar a uma profissão, mas sim atuando onde posso expandir minha missão, colocando meus talentos a serviço e alcançando o objetivo da minha Alma”, esclarece.

Hoje ela atua como Terapeuta Integrativa, ajudando pessoas a terem clareza de seu propósito de vida. “Nos atendimentos eu auxilio cada um a encontrar formas de realizar sua missão com leveza, alcançando ainda mais felicidade e sucesso em suas trajetórias”, finaliza.

Acesse o Instagram @caroline.schierholt e saiba mais.

 

Nosso Povo

Por: Ana Cláudia Valério

Mestre em Educação, Especialista em Docência no Ensino Superior e graduada em Comunicação Social – Jornalismo. Tem experiência em Jornalismo nas áreas de Televisão, Assessoria de Comunicação e Jornal Impresso, tendo trabalhado em veículos de comunicação, instituições de ensino superior e campanhas políticas. Hoje é editora do Jornal Mensageiro e coordenadora de Gestão e Memória da Casa da Memória Roberto Antonio Marin, de Medianeira.

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