NOSSO POVO
Pelos Direitos da Criança e do Adolescente
Texto por ANA CLÁUDIA VALÉRIO . Fotos por ARQUIVO PESSOAL . 27 de abril de 2018 . 08:29

Marta Tonin nasceu em Medianeira num domingo, dia 20 de agosto de 1961, filha de Pedro Tonin e Tabita Josefina de Bastiani Tonin, tem quatro irmãos: Celito Maria, Rute Inês, Luiz Carlos e Paulo César. “Minha infância foi tranquila, cresci alegre e saudável na companhia dos pais, irmãos, colegas de escola e da amiguinha e vizinha mais próxima de casa, Cleonice Andrighetti (de saudosa memória). Nas férias de meu pai (um dos primeiros funcionários do Frigorífico Frimesa na década de 1960), costumávamos viajar para o Rio Grande do Sul, a fim de visitar parentes em Nova Roma do Sul, Antonio Prado e Nova Treviso. Outra boa lembrança de minha infância era quando minha irmã Rute e eu íamos de fusca, com nosso pai, até Foz do Iguaçu (ele, para realizar tarefas ligadas ao Frimesa, e nós duas, alegres e saltitantes, esperávamos o momento de voltar para casa, pois ele sempre comprava aquilo que mais queríamos: farinha láctea Nestlé)”, descreve.
A formação recebida dos pais foi mais tarde alicerçada no “Colégio das Irmãs” (Educandário Nossa Senhora Medianeira) onde Marta recebeu a educação primária. “Ali, aos 16 anos, tive a primeira oportunidade de trabalho como professora de datilografia”, conta.
Em 1981, Marta mudou-se para Curitiba, formou-se no Curso de Direito em 1987; estagiou no Escritório do Prof. René Ariel Dotti (1987), onde iniciou na advocacia (1988+1989), lançando-se posteriormente como advogada na área Civil (Direito de Família), tendo cursado Mestrado e Doutorado em Direito na Universidade Federal do Paraná. “Em paralelo à advocacia, o mundo acadêmico sempre fez parte da minha trajetória profissional (lecionei no local onde me formei, Faculdade de Direito de Curitiba, hoje Centro Universitário UniCuritiba, durante doze anos, tendo lá Coordenado o Mestrado em Direito; Coordenei também o Curso de Direito das Faculdades Santa Cruz (2009-2012) e Centro Universitário UniBrasil (2012-2017), regressando este ano para Coordenar novamente o Curso de Direito da Santa Cruz. Na advocacia tenho inserção, também, na área da Infância e Juventude”, relata a advogada.
E foi atuando na área da Infância e Juventude que Marta teve destaque. A advogada medianeirense recebeu, no último dia 26 de março, uma láurea de agradecimento pelo pioneirismo e pelos relevantes serviços prestados na defesa dos direitos da criança. A advogada foi conselheira estadual da OAB e durante vários anos presidiu a Comissão da Criança e do Adolescente da seccional. O trabalho de Marta pró-criança e adolescente, já havia sido reconhecido no ano passado, quando ela foi homenageada durante o I Congresso Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente das Seccionais da OAB.
Segundo ela, o trabalho na área começou em 1995, na OAB/PR, quando foi criada a Subcomissão da Criança e do Adolescente, tendo sido a primeira presidente, fazendo-o ainda por três gestões (09 anos). Hoje já não é mais uma Subcomissão e, sim, Comissão. “Ao nível federal representei o Conselho Federal da OAB junto ao CONANDA (Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente), nos anos de 2004 a 2007. Neste ínterim foi criada a Comissão Nacional da Criança e do Adolescente (Conselho Federal da OAB), onde fui sua primeira presidente. Sou consultora da Comissão da Criança e do Adolescente da OAB/PR, organizo cursos sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente, profiro palestras sobre o assunto e participo de programas de rádio e TV”, salienta Marta.

Sobre a láurea de agradecimento, recebida pela OAB/PR em março, a advogada destaca que foi pelos trabalhos desenvolvidos junto à Seccional Paranaense (de 1995 até os presentes dias): 15 anos como Conselheira Estadual; 1ª presidente da Comissão da Criança e do Adolescente – integrando até hoje; 1ª presidente da Comissão da Mulher Advogada; Membro da Comissão de Direitos e Prerrogativas; Secretária da Comissão de Direitos Humanos; 1ª Presidente da Comissão Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente do Conselho Federal da OAB. “Na medida em que o Órgão de Classe ao qual pertenço, a OAB/PR, presta homenagem à minha pessoa, antes de me envaidecer, lembro do muito que ainda precisa ser feito em prol da dignidade do povo brasileiro, a começar pelo respeito à integridade biopsicossocial das crianças (0 a 12 incompletos) e adolescentes (12 a 18 anos) em todos os rincões deste vasto país continental. Que Deus e Nossa Senhora Medianeira de Todas as Graças nos ajudem a nunca desistir de continuar lutando por uma sociedade mais justa e democrática”, finaliza.
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