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Café Analítico

Abuso psicológico

Quando falamos em relacionamentos abusivos pensamos logo em violência física e marcas pelo corpo. Porém, muitas vezes sutil, mas tão devastador quanto, é a violência psicológica.

Quando estamos numa relação buscamos paz, amor, alegria, compartilhamento de momentos felizes, cumplicidade, carinho, enfim, buscamos trilhar um caminho em comum com alguém especial, que nos incentive a sermos o melhor que podemos ser. Mas, em alguns casos, ou talvez em muitos casos, não é isso o que acontece.

Não raro, nós, profissionais da psicologia, ouvimos relatos de situações de abuso emocional e submissão em relacionamentos doentios. Nestes casos, o parceiro(a) não comete agressão física, mas destrói o psicológico do outro. Nestes casos, a pessoa menospreza o parceiro, diminui, faz com que ele sinta-se incapaz, menor, frágil e triste. O parceiro faz a pessoa acreditar que, caso termine a relação, ninguém mais vai querer ficar com ela. Quanto mais o tempo vai passando, mais fragilizada vai ficando a pessoa e mais difícil fica para pôr um fim à relação.

Mas como saber se estou num relacionamento abusivo? A primeira coisa a fazer é questionar: Se não me sino bem no relacionamento, por que continuo nele?

Além de questionar-se, há alguns sinais que podem lhe ajudar. Por exemplo, se você, com frequência, tem dúvidas sobre si mesmo e começa a acreditar que está louco. O abusador tende a lhe convencer que você está fora de si, que não está bem da cabeça.

Outro sinal é estar num estado de confusão em que você se vê pedindo desculpas o tempo todo e dando desculpas aos amigos e familiares para justificar as atitudes do parceiro(a). Você sente que tem alguma coisa errada na relação, mas não consegue explicar o que é, abre mão das suas vontades para agradar o outro e passa a mentir para si mesmo(a). Constantemente vem o pensamento de que não se é bom o suficiente tanto para o parceiro, quanto para si. Nestes casos, repense a relação e se está vivendo uma situação de abuso psicológico. Sair dessa é possível, sempre.

Se você se destrói para construir outro alguém, isso não é amor.

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Por: Camyle Hart

Jornalista e Psicóloga (Crp 08/22594)
Atendimento terapêutico (45) 99932-0666

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