Quem nunca começou a se exercitar, a ir à academia e logo parou? Ou iniciou um curso e desistiu no caminho? Fez toda uma programação para o ano e não cumpriu com o programado? Isso é muito comum e ficamos nos perguntando o porquê não conseguimos manter algo novo em nossas vidas. Por que temos tanta dificuldade em desenvolver um novo hábito? Para responder a esta pergunta, hoje, vamos usar a neurociência.

No cérebro temos áreas responsáveis pela liberação de dopamina, que nos dão a sensação de prazer e bem estar. Também uma área responsável pela mediação de recompensa e outra, no córtex frontal, responsável pela capacidade de visualizarmos cenários futuros. Essas áreas compõem o sistema de recompensa.

Cada vez que iniciamos algo, este comportamento pode ou não liberar dopamina. Se liberar, elas vão para o nosso núcleo de recompensa que encaminha a informação para o córtex pré-frontal, o qual terá uma visualização sobre benefícios ou malefícios deste comportamento. Se o que visualizamos é algo bom, este comportamento será reforçado positivamente e a probabilidade de repetirmos aumenta.

Então, por que não terminamos o que começamos?

Simples. Porque não conseguimos visualizar um futuro para o novo comportamento. Por que muitos tendem a iniciar exercícios físicos, por exemplo, e a desistir após um ou dois meses? Porque não conseguem visualizar um futuro para a nova rotina. Por que começamos um curso e desistimos no meio? Porque não conseguimos visualizar os benefícios e o futuro para ele.

E como resolver isso?

Tudo o que fazemos precisa de um motivo, caso contrário, cedo ou tarde, vamos abandonar. Assim, a resposta é: conhecimento. Sim, conhecimento!

Quanto mais curiosos somos sobre determinado assunto, mais benefícios percebemos e mais motivação teremos. Se quisermos iniciar exercícios físicos, por exemplo, mas não sabemos nada sobre alimentação, corpo e sono, como o córtex vai conseguir visualizar benefícios que motivem a ir para a academia todos os dias? Para construir um hábito, precisamos visualizar os benefícios futuros para ele. Temos que saber o porquê estamos inserindo algo novo em nossas vidas.