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Falta dinheiro, mas sobra talento

Começo de temporada é sempre assim. Clubes investem pesado. Não marcam a estreia desses novos contratados. Iniciam seus estaduais com times alternativos, reservas e jovens promessas. E por aí vai. Outros já vêm de longo tempo disputando os estaduais com equipes de transição, ou reservas, como queiram.

Por vezes, os resultados são positivos. Em outras, o começo de uma nova temporada aponta que falta qualidade técnica e tempo de treino para esses “reservas”. Mas o que mais está chamando atenção nesse início de temporada não são as grandes contratações, que custam muito dinheiro aos cofres dos clubes. E sim a nova safra de jovens talentos que está em campo. Isso se comprova acima de tudo, na maior competição de categorias de base que chega ao fim na sexta (25): a Copa São Paulo, ou simplesmente Copinha. Aliás. De Copinha não tem nada. 128 equipes participantes, dos mais longínquos rincões desse Brasil.

Vasco e São Paulo farão o jogo final na amanhã. Essa decisão contou com uma definição muito interessante. O time do Rio de Janeiro eliminou o time que tem o maior número de títulos da competição. Depois de vencer por 2 x 0, cedeu empate e conquistou a vaga nas penalidades máximas.

E se o “Vasquinho” está indo bem, é sinal de que nem tudo está perdido pelos lados de São Januário. Se o Clube vive muitos problemas, ano após ano, ao que parece, a nova geração está tentando colocar um ponto final na confusa vida do dia a dia do clube.

Assim é que vive o futebol. Mas, tudo não passa do reflexo do futebol brasileiro, que sempre se descobriu na crise. Sempre se superou nas dificuldades. Falta dinheiro, mas sobra talento. E assim vamos renovando sempre. O outro finalista, não menos poderoso, também está tentando voltar às grandes conquistas. E talvez, o São Paulo comece 2019 pela Copinha.

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Por: João Hermes

Radialista e cronista esportivo do Jornal Mensageiro desde 1985.

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