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Negócios que levam embora jovens atletas

Nem bem começamos a temporada e o que se vê não promete muita coisa. As chamadas grandes equipes ainda encontram dificuldades para acertar seus grupos de trabalho, jogadores que chegam agora e estão completamente fora de forma. E pior, sem muita grana para contratar, estão procurando fora do país, nomes que, quando muito, ficam um ano e o mercado do exterior também fica de olho neles.

O apetite dos clubes europeus e asiáticos é grande, cada vez que abre uma janela de transferências. E muitas vezes, apresentam propostas indecorosas, sejam de baixo ou alto valor, por atletas até mesmo de qualidade questionável.

Os clubes brasileiros que entenderam o recado, negociam o que podem e não podem, aproveitando esse apetite estrangeiro para encher os cofres.

Uma negociação recente, envolveu um jovem da seleção sub-20 e que pertence ao Grêmio. O atleta Tetê, 19 anos, foi negociado com o Shakhtar por R$ 42 milhões à vista, sem nem mesmo ter sido aproveitado no time titular da equipe gaúcha.  E de sobra, ainda ficou com 15% do jogador, o que pode render mais dinheiro no futuro.

Vocês que me acompanham todas as semanas sabem que escrevi em outras oportunidades que isso é reflexo da situação dos clubes. Falta dinheiro para investimento e quando surge uma “joia rara”, rapidamente os dirigentes partem em busca de interessados fora do Brasil.

O que vai sobrar, não especificamente nesse negócio, mas de forma geral, os clubes brasileiros mal conseguem pagar suas contas com o dinheiro arrecadado e começam a temporada com problemas. Nem mesmo grandes investimentos, como se viu recentemente por clubes do centro do país, está ajudando na melhora da qualidade do futebol apresentado.

É a dura realidade do futebol brasileiro. Resta saber se todo esse dinheiro que alguns clubes estão faturando agora será bem aplicado e que possa render no futuro melhor sorte a essa garotada que vem chegando.

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Por: João Hermes

Radialista e cronista esportivo do Jornal Mensageiro desde 1985.

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