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Temporada de negócios e muito dinheiro em jogo

A temporada abre assim: contratar, renovar, vender… todo início de ano no Brasil segue sempre o mesmo ritmo. Os clubes brasileiros se esforçam no sentido de buscar reforços, emprestar aqueles que não devem integrar o grupo ou se livrar de alguns que não deram certo ou não interessam mais.

Se buscar no mercado nomes fortes para compor o grupo e gastar pouco está difícil, pior é o assédio. Empresários, com a “gana” de faturar mais, fazem de tudo para mover as peças no tabuleiro. Ou seja, mostrar ao clube que seu atleta é valorizado e que tem muita gente de olho nele. E isso causa problemas ao clube que tem no momento o direito de contar com o mesmo.

Assim, aparecem propostas do nada que acabam virando um grande negócio para quem os representa, uma oportunidade de investimento e contratar para aqueles que precisam e uma enorme dor de cabeça para quem acredita que o atleta está mesmo querendo ficar e cumprir seu contrato até o fim.

Vimos nesse início de ano, só para citar um exemplo, a pressão sofrida pelo Cruzeiro com relação ao jogador Arrascaeta, que acaba de acertar com o Flamengo. Mais de R$ 63 milhões no negócio, que se não foi de todo ruim para a equipe mineira, faz a alegria dos empresários.

Para entender melhor: 25% fica com o Cruzeiro; outra parcela igual fica com um Supermercado de Belo Horizonte (parceiro); uma parte fica com o Defensor do Uruguai, ex-clube do atleta e com agentes do jogador que possuem 15%. O empresário que representou o cruzeiro na negociação fica com 10%.

Só aqui, representando o clube na negociação, o empresário leva R$ 6,3 milhões. Então, você, amigo leitor, acha mesmo que em algum momento, com exceção do torcedor, alguém mais fez força para que Arrascaeta ficasse mais uma temporada no Cruzeiro? Pra que? Vão rachar uma lenha…

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Por: João Hermes

Radialista e cronista esportivo do Jornal Mensageiro desde 1985.

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