Economia e Negócios

PLANEJAMENTO

O que fazer para ter uma vida financeira saudável?

O mês de janeiro sempre vem com uma proposta de novidade. Tempo de colocar as contas em dia e planejar o ano que inicia. Confira as dicas do economista Ezequiel de Lima, para te ajudar a fazer um planejamento financeiro

Com o despertar de 2024, inicia também um novo ciclo, de sonhos e de que coisas positivas aconteçam em nossas vidas, mas ao mesmo tempo é neste mês que tomamos um choque de realidade com os boletos e as contas chegando. Em nossos pensamentos começam a surgir com mais intensidade, um sinal amarelo que vem para alertar que logo teremos que enfrentar contas como IPTU, seguros, matrículas escolares, IPVA, entre outras.

É neste mês que começam a cair no extrato do cartão de crédito as parcelas dos exageros de final de ano. Aliás esta é a grande cilada quando se trata de controle de gastos: comprar no cartão de crédito, em parcelas, sem dar a devida importância ao controle.

Ter o comando das finanças deve ser o primeiro objetivo das famílias que desejam se livrar do fantasma das contas que chegam e se encontram sem recursos para quitá-las. A melhor ferramenta para enfrentar essa situação é o planejamento financeiro. Planejar é a principal ação para chegar a este objetivo.

Para o economista, especialista em Administração Financeira, Ezequiel de Lima: a melhor forma para organizar a vida financeira é reunir todos os membros da família que contribuem ou utilizam do orçamento familiar, para realizar um planejamento, que deve levar em consideração os seguintes passos:

  1. Avaliação financeira atual – Calcule a renda familiar atual, como salários e rendimentos extras. Faça uma lista completa de todas as despesas fixas e variáveis e de todas as dívidas e investimentos que existam.
  2. Defina os objetivos – De forma clara e realista, como em curto prazo (criar um fundo de emergência), médio prazo (comprar um carro, moto, fazer uma viagem) e longo prazo (comprar um imóvel).
  3. Crie um orçamento mensal – Detalhe quanto vai gastar em diferentes situações, como moradia, alimentação, transporte, lazer, educação e procure utilizar como guia a famosa regra 50/30/20, sendo 50% para necessidades, 30% para desejos e 20% para investimento ou pagamento de dívidas.
  4. Crie um fundo de emergência – Despesas inesperadas com saúde ou a perda de emprego são amenizadas quando a família possui uma reserva para este fim. O ideal é que este fundo possa suportar todas as despesas da família por um período entre três e seis meses.
  5. Reduza as dívidas – Para quem tem dívidas, crie um plano para quitá-las. É útil focar naquelas que possuem juros mais altos e eliminá-las primeiro.
  6. Faça investimentos – Procure investir parte da renda para a construção de riqueza a longo prazo. Para investimentos de maior risco, como ações e fundos ou mesmo em imóveis, é recomendada a busca de ajuda especializada.
  7. Controle os gastos – Procure manter os gastos sempre sob controle. Para isto, pode-se usar uma planilha como o Excel ou mesmo anotações manuais em uma folha de papel. O importante é que esteja visível para verificar para onde está indo o dinheiro.
  8. Educação financeira – Um dos maiores investimentos que o ser humano pode fazer para conseguir o tão sonhado equilíbrio financeiro é encontrar tempo para aprender sobre finanças pessoais. Ler livros, assistir a vídeos, fazer cursos sobre o tema facilitam muito para atingir os objetivos financeiros propostos.

“Nunca queira carregar o piano sozinho. Fica muito mais fácil quando todos participam, sempre que tiver dificuldades, procure ajuda especializada. Lembre-se sempre que uma dificuldade financeira deve ser momentânea e passageira e na maioria das vezes, viver sempre no vermelho pode ser uma questão de atitude”, finaliza Ezequiel.

Comentários