“Jornal não se faz apenas com papel e tinta, se faz com ideias e com o comprometimento das pessoas”. Essa frase da fundadora do Jornal Mensageiro, a jornalista Mirtis Maria Valério, traz a essência do amigo das quintas-feiras, que surgiu de um sonho, mas se transformou em um anseio coletivo, tendo sido construído por muitas mãos, um caminho trilhado por muitas pessoas.  

Valorizando a trajetória de 50 anos do Jornal Mensageiro, foi inaugurada na última sexta-feira (24), na Casa da Memória Roberto Antonio Marin, uma exposição que visa relembrar o passado, comemorar o presente e vislumbrar o futuro. Estão expostos fatos, objetos, capas históricas, fotografias marcantes, personalidades e depoimentos, registrados nas páginas do jornal. O momento solene foi marcado por muita emoção, homenagens, reconhecimento e belos discursos, que coroaram a relevância do meio de comunicação para Medianeira e região. O evento contou com a presença da família Valério, que sempre esteve à frente do Jornal, autoridades locais e regionais, empresários, convidados e imprensa.

Em sua fala, a secretária de Desenvolvimento Econômico de Medianeira, Márcia Hanzen, destacou o valor do Jornal como guardião das memórias, ressaltando a sua credibilidade. “O Mensageiro se constituiu ao longo dos anos como um veículo de comunicação com informações confiáveis e assim segue até hoje. A relevância é tamanha, a ponto de ser o detentor da história local e regional, registrando fatos e acontecimentos há meio século”, salienta.

Da mesma forma, o Presidente da Câmara de Vereadores, Joselito Muniz, ressaltou o papel do jornal na construção da história. “Gostaria de parabenizar a família Valério pela coragem e pela determinação em manter o jornal, contribuindo de forma significativa para a preservação da nossa história”.

O prefeito de Medianeira, Antonio França, salientou a importância do Jornal como propulsor do crescimento regional. “Além do registro da história, o Mensageiro tem sido um importante meio de desenvolvimento. Através dele e junto com ele, Medianeira e os municípios da região cresceram e se tornaram referência”. 

A atual editora do Jornal, Ana Cláudia Valério, falou do privilégio de poder dar continuidade a este legado. “Comemorar meio século é motivo de orgulho e demonstra pioneirismo, determinação, persistência e visão de futuro. Uma trajetória que começou com a tia Mirtis, que teve a ideia, mas contou com o apoio de empresários, poder público, assinantes, leitores, equipe e família. Sem todos esses personagens, o Jornal Mensageiro seria apenas um sonho. Ele se torna realidade quando a comunidade abraça. E Medianeira e região acolheram esse meio de comunicação, que nasceu pequeno, mas com grandes propósitos: transformar a realidade, valorizar a informação de qualidade e a pluralidade de ideias. Sempre primamos por noticiar o que o leitor precisa saber, aquilo que faz a diferença na vida das pessoas. Somos adeptos às notícias que informam e educam e ao jornalismo que acrescenta conhecimento na vida das pessoas. Não foi fácil, não é fácil, mas fazer o difícil, é recompensador. Superamos desafios diários para continuar contando histórias. Todas elas, a minha, a sua, da sua família, do bairro, de Medianeira e região estão registradas e preservadas”.

Após os pronunciamentos, o momento foi de reconhecer as pessoas que ajudaram a construir a história do Jornal. Foram homenageados o casal Ademir e Marilene Matté, da Lajes Patagonia, empresa que foi um dos primeiros anunciantes do Jornal Mensageiro, e que continua até hoje. Os primeiros e fiéis assinantes também receberam o devido reconhecimento: Theresinha Maria Ghidolin Rupp, da Relojoaria e Ótica Marissol, e Helena Civiero, da Radiolândia Móveis e Eletros. A fundadora Mirtis Maria Valério e a família de Caio Valério foram condecorados com placas de agradecimento da Prefeitura Municipal e o Mensageiro recebeu Votos de Congratulações da Câmara de Medianeira.

O Jornal, que fez história durante meio século, escreveu mais uma página importante da sua história, momento que ficará marcado nas memórias particulares de quem esteve presente e na memória coletiva. Além do registro nestas páginas. “E por que valorizar essas memórias? Por que um povo sem memória não tem identidade e sem passado não há futuro”, finaliza a jornalista Ana Cláudia Valério.

A exposição fica em cartaz até o final de agosto, na Casa da Memória de Medianeira (antiga prefeitura).  O horário de funcionamento é de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 12h e das 14h às 17h30, e aos sábados, das 13h às 17h. A visitação é gratuita.