MEMÓRIA
24 de Outubro
Texto por ASSESSORIA . Fotos por Acervo Revista Mosaicos/Arquivo Casa da Memória . Republicado em 24 de outubro de 2024 . 14:38
Data de publicação original: 24/10/2024
Número da edição original: 2333
Em Medianeira existem duas avenidas chamadas 24 de outubro, paralelas a BR 277. Mas você sabe a origem desse nome? Na década de 1950, no início do processo de colonização e venda de lotes pela empresa Colonizadora Bento Gonçalves cada vez chegavam mais compradores de terras e moradores na região. Os administradores Pedro Soccol e José Callegari perceberam que havia a necessidade de estabelecer marcos históricos para representar os moradores da região. Para isso, escolheram essa data para ser lembrada como o marco da fundação de Medianeira.
No dia 24 de outubro de 1951, populares se reuniram as margens da “Rodovia Federal” (nome dado a BR277 nesse período), em frente a “República” para a realização de uma missa. Esse evento ficou registrado na História como o marco de fundação do “Núcleo Colonial de Medianeira”. Importante ressaltar que nas duas primeiras décadas de formação de Medianeira o “centro” da cidade localizava-se nas proximidades da Rodovia. A maioria dos pontos de comércio, inclusive as casas estavam edificadas na Avenida Brasília, que na época se chamava Bento Munhoz da Rocha, e nas ruas adjacentes.
A “República” era o nome dado à “Casa de Migração”. Nesta construção ficava a serraria, carpintaria e um local para abrigar os compradores de terras por um determinado tempo, até que se estabelecessem em suas propriedades. Posteriormente, ao lado da “República” surgiu um hotel, o primeiro deles chamado de Hotel Fossá. Esses locais eram considerados pontos estratégicos para a comercialização das terras e como forma de atrair novos moradores.
Durante as entrevistas realizadas pela equipe da Casa da Memória para a exposição “Origem”, muitos pioneiros que chegaram a Medianeira ainda crianças, relataram como era divertido ficar na República. Para os pais, era um grande desafio porque só tinha mato, mas as crianças ficavam vislumbradas com o casarão. “A iluminação era à lamparina, em uma sala era um refeitório, onde fazíamos as refeições todos juntos, e do outro lado era a parte reservada para as famílias. Cada família tinha duas peças até que se estabelecessem em sua propriedade particular. Quando meu pai chegou foi uma gritaria e festa dos amigos que já estavam na vila”. Este foi o relato da Sra. Amábile Cecília Pretto, pioneira que chegou em 11 de fevereiro de 1952, ainda criança.
Depoimentos como esse da D. Amábile fazem parte de nosso acervo, assim como de outros pioneiros que decidiram compartilhar suas memórias. Se você é como nossa depoente e tem muitas experiências para contar, procure a Casa da Memória Roberto Marin e compartilhe com toda a população a história da sua família. Aos poucos, nosso acervo vai crescendo e compondo uma grande colcha de retalhos que é a nossa História.
A Casa da Memória Roberto Antonio Marin de Medianeira é a guardiã das memórias do município, um espaço dedicado à documentação, pesquisa e resgate do Patrimônio Cultural.
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