Já imaginou sua vida sem energia elétrica? Quando passamos algumas horas sem energia, já bate o desespero, corremos ligar para a Copel e cuidamos para economizar a bateria do celular. Agora, imagina como era a vida dos primeiros moradores de Medianeira. Muitos pioneiros contam que na cidade onde moravam possuíam energia elétrica e quando chegaram aqui na “vila” em 1950 não havia. As casas eram iluminadas a base de velas, lamparinas e lampiões. Ao cair da noite, já era hora de se recolher para evitar os perigos de um local cercado por floresta.

A energia elétrica chegou em Medianeira no final de 1954. Em 25 de dezembro de 1954 foi inaugurado o primeiro gerador de energia elétrica. Movido a diesel, tinha capacidade de 50 KWA e iluminava a parte central da vila, que nesse período se localizava na Rodovia Federal (BR-277), Avenida Bento Munhoz da Rocha (Avenida Brasília), Rua Argentina e Rua Paraguai. O comércio e as residências que se localizavam nessas ruas tinham o privilégio da energia elétrica e  para as demais localidades levou mais um tempo até ter acesso à energia.

Em 1961, por uma iniciativa privada, o Frigorífico Medianeira S/A iniciou a construção de uma pequena hidrelétrica, com barragem e turbina no Rio Alegria. Na edição nº1.307, de 29 de abril de 2004, do Jornal Mensageiro, foi publicada uma reportagem afirmando que “a construção da barragem ficou sob a responsabilidade do engenheiro Maximiliano Cremonese, que chefiava uma equipe de 25 operários. A barragem possuía uma altura de 6 metros de pedras encaixadas, apenas com uma cinta de concreto no alto, comprimento de aproximadamente 90 metros e um lago com extensão de 800 metros, chegando bem próximo onde está o posto de combustíveis da Cooperativa Lar”.

A usina foi construída com o objetivo de fornecer energia elétrica para a produção industrial, mas até que o frigorífico estivesse pronto e com capacidade plena, fornecia energia elétrica para os moradores, com a capacidade de iluminar aproximadamente 100 casas. A usina hidrelétrica entrou em funcionamento em 1963 e possuía uma capacidade de 90 KWA.

Com o início da produção industrial pelo Frigorífico Medianeira S/A, a usina deixou de fornecer energia para a população em 1965 e, nesse mesmo ano, a população de Medianeira passou a contar com o abastecimento de energia elétrica fornecido pela Copel, ampliando a capacidade de fornecimento e o número de residências e estabelecimentos beneficiados com energia elétrica.

A Casa da Memória Roberto Antonio Marin de Medianeira é a guardiã das memórias do município, um espaço dedicado à documentação, pesquisa e resgate do Patrimônio Cultural.

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