Autoconhecimento para transformar
Por Ana Cláudia Valério . 17 de julho de 2025 . 17:06
Laura Presa Fellini tem 32 anos, é nascida e criada em Medianeira. “Venho de uma família pioneira da cidade, meu pai e minha mãe trabalharam no comércio por muitos anos. Meu pai foi corretor de imóveis na Imobiliária Fellini, e minha mãe foi dona de uma Agência dos Correios por mais de 20 anos. Portanto sempre vivi pelo comércio e sempre tive o sonho de ter meu próprio negócio”, comenta.
Sobre a sua infância, Laura descreve como muito tranquila. “Tive a oportunidade de brincar na rua, andar pela cidade a pé com os amigos, ir para os cursinhos de contra turno sozinha sem grandes preocupações. Eu adorava cantar na minha infância, sempre estava envolvida com aulas de música, já fiz aula de canto, violão e contrabaixo. Tive uma banda que durou uma apresentação na escola (rs). Atualmente sou casada com o André, e tenho uma filha, a Júlia de 2 anos de idade”, recorda.
Ela se descreve como uma pessoa muito relacional, sempre teve muitos amigos, de diversos grupos, nenhuma dificuldade de falar em público e uma boa mediadora de conflitos entre os amigos e colegas. “Não sabia na época que essas características deveriam fazer parte de minha profissão, então não considerei muito elas na hora de escolher uma graduação. No último ano do Ensino Médio, tentei ir fazer cursinho em Curitiba para me preparar para o vestibular, fiquei apenas três meses, porque não entendia qual era meu objetivo lá. Ainda em Curitiba tive a oportunidade de conhecer um Teste Vocacional, o pessoal dizia que aquilo me ajudaria a escolher uma profissão, fiquei super empolgada com a possibilidade e me inscrevi para fazer. Foi neste teste que a Psicologia apareceu pela primeira vez nas minhas possibilidades”.
Ao voltar para Medianeira, Laura não sentiu que deveria fazer Psicologia, então resolveu tentar outras coisas, como engenharias e administração. Passou na UTFPR Medianeira, em Engenharia de Produção e acabou fazendo o curso por um ano e meio. “Nessa época, eu já fazia Psicoterapia, e estava muito infeliz com o curso, não ia bem, não entendia as matérias. Então eu trouxe essa demanda para a sessão e minha psicóloga na época sugeriu de fazermos o teste vocacional novamente, em outro formato, de uma forma mais aprofundada e específica. Eu topei, e novamente a Psicologia apareceu na lista de profissões que dariam mais certo com as minhas habilidades, aptidões e interesses. Pesquisei sobre a profissão, conheci as áreas de atuação e resolvi fazer a troca de graduação. Que impacto gigante que aconteceu nessa troca, tudo parecia muito fácil de entender, de compreender, entendi que realmente eu estava no lugar errado e que ali seria um caminho mais apropriado para mim”, destaca.
Após a formação em Psicologia, Laura decidiu ir para a área Organizacional, ou seja, atuar dentro das empresas. “E assim eu fiz, passei por três grandes empresas, que me amadureceram como profissional e como pessoa também. A Psicologia ainda é muito vista somente na Clínica, que é o lugar que ela nasceu, mas hoje ela está presente em muitas áreas, e a Psicologia Organizacional e do Trabalho, que é a minha área de atuação principal, é uma satisfação, pois levar saúde mental para esse ambiente é transformador e inspirador. Temas que hoje vemos o quanto são importantes para os colaboradores e o quanto os ajudam a pensar “nas coisas da vida” com mais clareza são combustíveis para nossa atuação”, comemora.
A psicóloga ressalta ainda a importância de as pessoas conhecerem a psicoeducação. “Entender nossas emoções, saber lidar com elas, saber quais são nossas características principais, compreender os pontos limitantes, são pré-requisitos para uma vida melhor e mais leve. Esses conhecimentos te fazem escolher melhor: a profissão, o trabalho que combina mais contigo, relações melhores, enfim, você se posiciona melhor para você mesmo e para o mundo. Eu fui transformada pelo autoconhecimento e acredito que ele pode transformar vidas. É por isso que eu faço o que faço com muito respeito e carinho”, finaliza Laura.


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