Contabilidade da vida
Por Tanner Rafael Gromowski . 24 de setembro de 2020 . 09:17
Para comemorar o Dia do Contador (celebrada em 22 de setembro) a Coluna Nosso Povo desta semana conta a história de Armindo Doro Frandoloso, que atua na contabilidade há 55 anos. Natural de Putinga (RS), começou com o escritório naquele município e, em 1970, chegou a Medianeira, onde ainda exerce a profissão. “O contador, em seu cotidiano, lida com planilhas, demonstrativos de resultados, contas a pagar e a receber, guias de impostos. E sua função não se restringe à gestão de empresas. Ele também pode atuar no mercado de seguros, controladoria, perícia e auditoria. Esses profissionais podem trabalhar de forma autônoma ou como funcionários de escritórios de contabilidade, empresas públicas e privadas, organizações não governamentais e até no setor militar”, comentou Armindo.
Muitas pessoas não sabem, mas existe diferença entre contador e contabilista. Contador é o profissional que possui curso superior em Ciências Contáveis, enquanto que o Contabilista tem curso profissionalizante ou técnico em Contabilidade. Ambos os profissionais devem estar registrados no Conselho Regional de Contabilidade (CRC).
Sobre as áreas de atuação, Armindo explicou sobre a gestão de empresas, auditoria contábil, atuária, perícia contábil e controladoria. “Na abertura da empresa, o contador registra a firma junto aos órgãos do governo, consegue o alvará de funcionamento, pode elaborar os contratos de trabalho dos funcionários e está por dentro de toda a movimentação financeira. Na auditoria, ele verifica a exatidão das informações contidas nos registros contábeis, analisa os aspectos da empresa e elabora relatório identificando os problemas observados e recomendações para corrigi-los. Na atuária, calcula os riscos e elabora planos de seguros e de previdência, capitalização/investimentos. Na perícia contábil, faz colaboração técnica para solucionar casos judiciais e extrajudiciais. E na controladoria, auxilia os gestores nos processos de decisão através do controle fiscal, financeiro ou de desempenho dos planejamentos da organização. Portanto, é um leque de trabalho bastante extenso”, pontuou.
Questionado sobre ser contador ontem e hoje, Armindo relembrou: “Era muito diferente lá atrás, quando não havia tanta tecnologia. No penúltimo dia do mês, eu pegava uma calculadora Summa 20, visitava os clientes, calculava os impostos na empresa, voltava ao escritório, preenchia as guias de recolhimento (hoje nominadas DARF) e, no último dia do mês, saia para recolher os impostos. Na época, existia IVC (hoje ICMS), contribuição previdenciária (dividida em vários institutos como IAPC, IAPB, IAPTEC, IAPI e IPI). Recolhia todas as informações e até o mês de março do ano seguinte eu concluía o serviço. Hoje, com todos os recursos tecnológicos disponíveis, você tem no máximo um mês para terminar o trabalho e contabilizar”, enfatizou o contador. Armindo conclui a entrevista falando do orgulho pelo trabalho. “Sinto-me orgulhoso da profissão porque dela consegui tudo o que tenho na vida. É um trabalho muito importante com campo de atuação em muitas áreas”, finalizou.
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