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Nosso Povo

Deus dá a batalha para os melhores soldados

Histórias de superação nos inspiram e também servem de alerta para nos cuidarmos e nos observarmos mais. No mês de conscientização e prevenção do câncer de mama, trazemos uma personagem especial para a Coluna Nosso Povo: Elisandra Furlan, que venceu o câncer.

Ela nasceu em Medianeira, em 27 de maio de 1981. Filha de Lidio Furlan e Oliva Michelon Furlan, tem dois irmãos: Cida Valiati e Rogério Furlan. É casada com Airo Possamai Della, com quem tem três filhos: Emanuelli (17), Murilo (9) e Samuel (4).

Além de trabalhar com o marido na Farmácia Dotti, Elisandra passou a fazer bolos em casa. “Faço bolos recheados, caseiros, artesanais e caseirinhos da vovó. Um extra para ajudar nas despesas da casa. Descobri meu dom há um ano, amo muito a minha profissão, cada bolo feito é com muito amor e carinho para as minhas clientes”, declara.

Hoje, ela se considera outra mulher, pois a luta contra o câncer a fortaleceu. “Com muita fé em Deus superei todos os obstáculos que vinham no tratamento. Só quero que Deus continue me abençoando, pois ele é minha fortaleza, para eu continuar a jornada junto com minha família que tanto amo”, afirma.

Elisandra descobriu um nódulo no seio ao fazer o autoexame em 2013. Foi ao médico, fez exames, mas era benigno. Orientada a fazer acompanhamento anual, em 2016, em uma campanha do Outubro Rosa, fez a mamografia e ligaram para ela comparecer no CEONC para o resultado da mamografia. “Fui sozinha, mas muito preocupada. Cheguei na consulta e o médico já me disse que eu estava com câncer. Meu mundo desabou naquele instante, chorei muito, pois só lembrava dos meus filhos. Vim para casa e não satisfeita com o resultado cheguei a pagar uma consulta com outro médico para tirar a dúvida, pois no fundo não acreditava que era verdade. Chegando lá o outro médico confirmou. Eu estava mesmo com câncer e era maligno. Imediatamente ele pediu uma biópsia e em 15 dias saiu o resultado. Fiz a cirurgia para retirar o nódulo e no dia da alta o médico me disse que tinha sido um sucesso. Então comecei o ciclo de quimioterapia branca e depois radioterapia, sempre passei muito bem. O meu tratamento foi só uma prevenção, pois não teve metástase. Quando tive alta,  o médico disse que eu estava curada, foi a melhor sensação do mundo”, expõe.

Durante o tratamento, Elisandra conta que nunca desanimou, sempre tentou se mostrar firme para sua família. “O meu filho Samuel tinha um ano na época e parecia entender tão bem que a mãe estava dodói, que nunca pedia colo enquanto eu estava em tratamento. Em nenhum momento chorei na frente deles, sempre mantive meu com sorriso no rosto, pois, como digo, enfrentei a doença com muita fé, pois Deus dá a batalha para os melhores soldados. Então meninas, mulheres, se toquem não tenham medo, quanto antes fazer exames e descobrir a doença, maior a chance de cura. Câncer de mama tem cura sim. Eu sou prova disso. Estou curada”, finaliza.

Nosso Povo

Por: Ana Cláudia Valério

Mestre em Educação, Especialista em Docência no Ensino Superior e graduada em Comunicação Social – Jornalismo. Tem experiência em Jornalismo nas áreas de Televisão, Assessoria de Comunicação e Jornal Impresso, tendo trabalhado em veículos de comunicação, instituições de ensino superior e campanhas políticas. Hoje é editora do Jornal Mensageiro e coordenadora de Gestão e Memória da Casa da Memória Roberto Antonio Marin, de Medianeira.

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