Felix Machado – ou G. Felix, como é conhecido no cenário de música eletrônica – morou em Medianeira por cinco anos, dos 14 aos 19 anos, e se mudou para Curitiba em 2006, onde vive até hoje. “Foi bem legal o período em que morei em Medianeira, onde estudei até o Terceirão, época das nossas bandas no colégio, das primeiras baladas de música eletrônica na cidade. Vivi a parte da juventude com a molecada por aí, foi muito legal, tenho muitas saudades, hoje já estão quase todos casados e com os filhos, mas sempre que volto faço questão de revê-los e também sempre encontro aqueles que ainda estão na pista”, comenta.

O começo da carreira como Dj foi nos anos 2.000, mas Felix sempre teve sua vida envolvida com música. “Estudei desde criança de tudo um pouco, já tinha banda e gostava muito disso. Depois que conheci todo esse meio, tive mais contato com o mercado, me interessando cada vez mais, até que vim para Curitiba em 2006. Quando cheguei aqui conheci pessoas que tinham os mesmos gostos e comecei a tocar nessas festas. Até que um dia, fizemos uma festa para nossos amigos, no final da tarde contamos mais de 300 pessoas que foram convidando, um chamando o outro. Aí deu um click e vimos que poderia se tornar um negócio. Depois disso, começamos a fazer as festas naqueles formatos, mas com equipe de estrutura profissional, e deu certo. Começamos a movimentar muita gente e fomos vistos pelos clubes e núcleos da cidade. Passaram-se mais de 10 anos e consegui tocar em muitos lugares e com tantas pessoas que jamais achei que seria possível”, conta ele.

Felix já tocou em diversas festas e com importantes Djs. “Difícil listar, mas foram muitas: Tribaltech toquei em dois anos; Zoominimal após 2009 acho que não toquei em uma edição, até agora; Playground Festival algumas edições; o D-Edge em São Paulo; Club Vibe; The Garden; Danghai Club. Em julho faço minha estreia no Green Valley e já estamos nos trâmites das primeiras Gigs internacionais”, relata. Sobre as parcerias, o Dj salienta que já tocou ao lado de muitos “monstros”. “Fomos os primeiros a trazer para Curitiba o Vintage Culture, Victor Ruiz Volkoder, Groove Delight, somente para citar alguns. E gringos que também trouxemos pela primeira vez para cá: Umek, Kanio, Dexter Kane, D. Ramirez, Amine Edge & Dance, Max Chapman, entre muitos outros”.

Sobre ter suas tracks entre as mais vendidas do mundo, G. Felix afirma que foi algo que mudou sua vida. “Recentemente um EP meu lançado na Erase Records (GRE) fez uma boa movimentação, chegou aos 50 lançamentos mais vendidos do mundo, entre todos os estilos e o 13º de Tech-House, que é um dos estilos mais disputados hoje em dia nas lojas, me alavancando para o artista de nº 130 do mundo de Tech-House nos primeiros cinco meses do ano. Em março eu era o brasileiro mais bem colocado no ranking”, comemora.

E segundo ele, tem muita coisa nova vindo por aí. “Estou no meu melhor momento, conseguindo expandir meu trabalho para fora do país. Esse ano assinei com gravadoras de cinco países diferentes, somente no primeiro semestre, e todas muito importantes na minha área. Estou trabalhando em colaboração com vários artistas estrangeiros, desenvolvendo muitas músicas novas e graças a Deus conseguindo assinar com as grandes gravadoras do mercado e chegar a muitos objetivos que antes para mim eram impossíveis. Abrimos a nossa própria gravadora, a ORDER, e estamos preenchendo uma lacuna que achávamos que faltava no Brasil. Os objetivos estão cada vez maiores, em breve tem muita novidade a ser divulgada”, destaca.

Para finalizar G. Feliz deixa uma mensagem para Medianeira: “Um grande abraço a todos que estão lendo essa matéria, para meus amigos que estão por aí e um agradecimento especial ao meu amigo Douglas Florêncio pelo convite dessa entrevista. Dizer que logo estarei na cidade e quero ver todos vocês na pista!”.

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