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Nosso Povo

EXPERIÊNCIA

O intercâmbio como aprendizado

João Victor De Marchi dos Santos passou um ano vivendo novas experiências na Indonésia

João Victor De Marchi dos Santos nasceu em Curitiba, no dia 23 de Outubro de 1999, filho de Damião Enéias de Melo dos Santos e Gladis Teresinha De Marchi dos Santos, tem um irmão Matheus De Marchi dos Santos. “Desde os meus quatro anos, época em que eu me mudaria de Curitiba para morar em Foz do Iguaçu, mudanças eram algo frequente em nosso meio. Morei lá por aproximadamente três anos (2004-2007). Nos mudamos para Medianeira no ano de 2007, pois meu pai recebeu uma proposta para trabalhar aqui e, levando em consideração que minha mãe tem a maior parte da sua família nessa cidade, decidimos então nos mudarmos e fixar residência em Medianeira”, conta ele.

Como ele mesmo disse, mudar de ares nunca foi um problema, talvez por isso a ideia de realizar intercâmbio foi se tornando uma realidade. “Num primeiro momento eu recusei por motivos pessoais, porém em 2016 eu decidi que seria uma boa ideia tentar esse desafio para minha vida. Na época eu estava cursando o terceiro ano no curso técnico de Administração no Colégio Estadual João Manoel Mondrone, obtive um bom desemprenho no exame de classificação, no qual são cobrados conhecimentos gerais sobre o Rotary e o programa de Intercâmbio, e mesmo passando no teste, eu decidi que tentaria de novo no próximo ano. Então em 2017 (agora cursando o quarto ano do curso Técnico de Administração), passei novamente no teste seletivo e dentre os países que foram oferecidos, eu escolhi Indonésia. Após todos os preparativos para a viagem ao outro lado do mundo, e com o patrocínio do Rotary clube de Medianeira Caminho do Colono do distrito rotário número 4640, no dia 09 de Agosto de 2017, eu embarquei de Foz do Iguaçu para São Paulo de onde eu peguei meu vôo para Jacarta na madrugada do dia 11 de Agosto e seria hospedado pelo Rotary clube de Jacarta Sunter Centennial do distrito 3410 da Indonésia”, descreve João.

Sobre a capital Jacarta, o estudante comenta que lá a riqueza cultural é evidente em cada detalhe, devido à existência de diversas etnias provenientes de toda a Ásia, principalmente com a presença marcante das culturas japonesa e chinesa. A religião é uma característica muito forte da população local, sendo o islamismo a crença predominante, atingindo a grande maioria da população nacional. Há também a presença de outras religiões e filosofias, dentre elas o cristianismo (protestantes e católicos), hindus e a filosofia budista também se fazem presente em diversas partes da cidade. “Num contexto geral a sociedade da indonésia é muito receptiva com estrangeiros, eles se enchem de uma curiosidade profunda para com sua história. É um povo muito feliz, não se chateiam com facilidade e sua sociedade, ainda que independente apenas há 73 anos, têm muita história pra contar, desde sua colonização pelo povo holandês, que disseminou diversos frutos e outras matérias primas oriundas de suas ilhas, a banana é um exemplo”, relata o jovem.

A experiência de viver um ano na indonésia, segundo João Victor, foi maravilhosa, pois pôde conhecer belas paisagens, diferentes culturas, dialetos, histórias que mal podia imaginar se não estivesse lá presenciando. “Nas ilhas de Bali, Komodo e Gili conheci as praias mais bonitas que eu já visitei e o vulcão de Bromo dispensa comentários com relação a beleza e diversidade, sendo que o mesmo está situado no meio de um deserto formado a partir de suas próprias cinzas, que são expelidas constantemente. Nesse tempo, criei novas amizades, conheci pessoas de todos cantos do mundo com culturas tão diferentes que, de forma natural, se adaptam no âmbito social. A Indonésia é um país tão diversificado e tão rico culturalmente que, só de presenciar tais maravilhas, o mundo se expande de uma forma imensurável. Não esquecerei os aprendizados e nem as amizades que formei durante esse período mágico que foi o meu intercâmbio”, destaca agradecido.

De volta em casa, João agora pensa no futuro. “Gostaria de estudar Direito, já que por enquanto é a área em que eu me sinto mais atraído, pois estou familiarizado com os temas e tenho interesse no curso”, finaliza.

Nosso Povo

Por: Ana Cláudia Valério

Mestre em Educação, Especialista em Docência no Ensino Superior e graduada em Comunicação Social – Jornalismo. Tem experiência em Jornalismo nas áreas de Televisão, Assessoria de Comunicação e Jornal Impresso, tendo trabalhado em veículos de comunicação, instituições de ensino superior e campanhas políticas. Hoje é editora do Jornal Mensageiro e coordenadora de Gestão e Memória da Casa da Memória Roberto Antonio Marin, de Medianeira.

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