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COLUNA NOSSO POVO

O Presente dele é Rural

Nessa matéria especial para a Coluna Nosso Povo, a personalidade é o jornalista medianeirense Giuliano De Luca. Ele trabalhou alguns anos conosco no Jornal Mensageiro e hoje é  editor do jornal O Presente Rural de Marechal Cândido Rondon. Conheça um pouco da sua história!

“Muito prazer, meu nome é Giuliano De Luca. Nasci em Medianeira, em 28 de março de 1979. Meu pai, Dorival De Luca, com muita saudade, e minha mãe, Maria Salete Locks De Luca, ajudaram a colonizar Medianeira. A Loja De Luca, bem no centro da cidade, que por quase 50 anos vestiu medianeirenses e amigos de outras cidades, foi também o palco da minha infância. Aliás, infância regada a muita brincadeira de rua e traquinagens com primos, amigos e irmãos. Juntos, a gente apanhava frutas, jogava muita bola, brincava de polícia-ladrão. O Medianeira Country Clube era a casa nos fins de semana. Chegava a sair com o cabelo verde e os dedos enrugados de tanta piscina”, foi assim que o nosso personagem da Coluna Nosso Povo dessa semana iniciou a entrevista.

Nosso ex-colega Giuliano De Luca hoje é editor do jornal O Presente Rural

Giuliano continuou a conversa contando que estudou no Colégio das Irmãs, no Costa e Silva, Mondrone, Cefet e no Fênix. “No Cefet aperfeiçoei minhas habilidades de truqueiro. Participei da primeira turma do Tiro de Guerra. Comecei a trabalhar cedo. Ainda na infância, fazia o serviço de banco para a loja. Depois, trabalhei como promotor de vendas de uma distribuidora de bebidas. Aos 20, depois de bons anos de festas na Excalibur, entrei para a faculdade”, descreve.

E foi na faculdade que os caminhos dele e deste Jornal se cruzaram. “Tive o enorme prazer de ingressar na minha vida profissional no jornal Mensageiro. Em 2002, quando ainda fazia a faculdade de Jornalismo, na UDC de Foz do Iguaçu, a generosa dona Mirtis Maria Valério me deu a primeira oportunidade. Já se foram 16 anos dedicados a essa profissão. Me formei em 2004 e, depois da enriquecedora experiência nesse jornal, fui para o jornal Costa Oeste, em Santa Helena. De lá, para o jornal O Paraná, de Cascavel. Voltei a Medianeira e trabalhei no Nossa Folha e mais uma vez no Mensageiro – o bom filho à casa torna”, comenta o jornalista.

Como ele mesmo disse, o amor o levou a deixar mais uma vez o Mensageiro, quando foi morar em Siderópolis, SC, uma pequena cidade ao lado de Criciúma. “Lá, ajudei a criar e trabalhei nas primeiras 70 edições do Diário de Notícias. Fui convidado e passei a ser o responsável pela Assessoria de Imprensa do Criciúma Esporte Clube. Morar perto da praia estava sendo muito bom, mas o clube foi adquirido por um grupo empresarial que não tinha meus préstimos em seus planos”, lamenta ele.

Por isso, em 2013, Giuliano retornou ao Oeste do Paraná, agora com a esposa Morgana na garupa. O jornal O Presente, de Marechal Cândido Rondon, foi a reestreia na região. “As edições, de terça-feira a sábado, eram desgastantes, mas me motivavam a sempre fazer o meu melhor. Não sou o profissional perfeito, mas a mediocridade também não me agrada”, destaca.

Em 2015, ganhou uma nova missão. Desde então, é editor do jornal O Presente Rural. São 13 edições ao ano, basicamente uma por mês. “O Presente Rural é o maior jornal do agronegócio brasileiro. Tem edições que chegam a 128 páginas, mesclando jornalismo feito por mim e uma parceira, artigos técnicos de renomados profissionais do setor e publicidade das maiores empresas do agronegócio brasileiro e mundial. Ele circula em 13 Estados do país, exclusivamente para produtores rurais, técnicos, associações de criadores, universidades, empresas, entre outros dedicados ao agro. Nossa equipe participa de eventos técnicos, como seminários, workshops e congressos. Para isso, ao menos uma semana do mês é dedicada a viagens. Às vezes com colegas, as vezes sozinho, viajo a eventos por todo o Brasil, do Rio Grande do Sul a Rio Grande do Norte. Nas três outras semanas do mês – ou quase isso -, é produção e edição de texto na veia. É bom trabalhar no meio rural. Produzir uma edição desse jornal exige muito comprometimento e profissionalismo. Nosso público é exigente”, expõe animado.

Sobre o futuro, ele salienta que foi sempre uma incógnita em sua vida. Prefere viver o presente, viver com intensidade as coisas e pessoas que estão por perto. “No entanto, depois de passar por vários veículos de comunicação e com a cabeça mais madura, me parece sensato a estabilidade que tenho hoje. Não tenho planos de deixar o jornal O Presente Rural, apesar da grande saudade que tenho de Medianeira, da praia… Quando posso, eu e minha esposa vamos visitar minha mãe, irmãos (Isolaine Poletto, Alexandre e Soraya De Luca), sobrinhos e amigos que ainda estão em Med City”, ressalta Giuliano.

E para finalizar, escreve: “Entendo que estamos vivendo uma revolução no Brasil. A Lava Jato está mudando a forma de fazer política nesse país e envolvendo as pessoas para o tema. Talvez não vejamos os resultados em breve, mas essa relação com a corrupção se tornou desgastada e indigesta para a população e está fadada ao fracasso. Uma mudança em curso, que me dá a esperança de dias melhores, em que o respeito seja praticado em sua plenitude. Beijo, mãe”.

Nosso Povo

Por: Tanner Rafael Gromowski

Formado em Letras português/espanhol pela UDC Medianeira, pós graduado em Língua Portuguesa pela FAG Cascavel, trabalha como repórter e redator desde 2013 no jornal Mensageiro.

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