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Nosso Povo

O sorriso é a recompensa

Se não fosse o sotaque, ninguém diria que a médica pediatra Dra. Tereza Barcellos não é medianeirense. O amor por esta terra transborda no olhar, na vivência e no trabalho realizado desde que chegou em 1987.

Nascida na cidade do Rio de Janeiro, Tereza é filha de Manoel e Enyr Corrêa, ambos descendentes de portugueses. “Sou a caçula de cinco irmãos. Moramos sempre na cidade do Rio de Janeiro, onde estudei, me formei e fiz residência médica. Minha vida foi como menina de cidade grande, nossas brincadeiras eram em parques e praia. O Rio de Janeiro naquela época era muito tranquilo, podíamos brincar na rua e sair à noite na juventude, sem nenhuma preocupação. Infelizmente hoje talvez seja difícil para as crianças terem essa vida no Rio”, relembra.

Ela conheceu o marido Alberto Barcellos, na faculdade de Medicina em 1982 no quarto ano e em 1986 eles se casaram. “Decidimos vir trabalhar em Medianeira um ano após estarmos casados, onde estamos felizes até hoje e, principalmente, porque temos uma medianeirense na família, nossa filha Andreia Barcellos”, destaca.

Tereza ressalta ser da época em que tinha o primário, depois o ginasial e quando entrava no científico, o jovem tinha que escolher qual área seguir. “Nesse momento já escolhi a área de saúde. Nesse tempo você se formava no científico com um curso profissionalizante e fiz análises clínicas (auxiliar de laboratório). Com isso já fiquei estimulada em seguir a carreira de médica. Fiz vestibular e passei para a faculdade de Medicina em 1979. Nos primeiros anos tive dúvidas da especialidade que faria, porém no quinto ano decidi que as crianças eram meu futuro. A partir daí comecei a me dedicar a fazer cursos, estágios na área da pediatria”, salienta.

A médica conta ainda que foi durante a residência em pediatria que descobriu a alergia e, a partir daí, dividiu seus estudos e congressos entre pediatria e alergia. Até hoje, com 35 anos de formada, continua a adorar essas duas áreas e a se aperfeiçoar sempre. “Trabalhar com criança é geralmente difícil, elas não dizem o que tem, apenas nos demonstram os sintomas e com isso temos a responsabilidade de tentar resolver. Mas é gratificante. As crianças são doces e puras, elas sempre são verdadeiras e quando estão bem passam essa felicidade para você. Por isso, é tão bom fazê-las ficar bem. Elas irão sempre retribuir com um sorriso”, comenta.

A pediatra finaliza afirmando que Deus a abençoou com a felicidade de ter orgulhosos 35 anos de formada. “Mesmo todos os desafios e preocupações valeram a pena, principalmente quando vejo algumas pessoas falarem assim: ‘Doutora, lembra? A Senhora tratou dele.’ Olho e vejo um adulto feliz e saudável”.

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Por: Ana Cláudia Valério

Mestre em Educação, Especialista em Docência no Ensino Superior e graduada em Comunicação Social – Jornalismo. Tem experiência em Jornalismo nas áreas de Televisão, Assessoria de Comunicação e Jornal Impresso, tendo trabalhado em veículos de comunicação, instituições de ensino superior e campanhas políticas. Hoje é editora do Jornal Mensageiro e coordenadora de Gestão e Memória da Casa da Memória Roberto Antonio Marin, de Medianeira.

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