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Dulce com os cinco netos: Henrique, Arthur, Luiza, Felipe e Clara

Dulce Maria Darolt nasceu em Bento Gonçalves, Rio Grande do Sul, em 20 de outubro de 1953. Filha de Angelo Darolt e Dorilde Maria Dall’Oglio Darolt, tem quatro irmãos: Diana T. Darolt, Denise B. Darolt, José I. Darolt, e Jaime L. Darolt. Foi casada com Edegar Antoninho Bolsi, hoje já falecido, com quem teve duas filhas: Sheyla Darolt Bolsi e Shana Karin Darolt Bolsi. Hoje ambas casadas. “Minha infância passei uma parte em São Roque, Distrito de Bento Gonçalves, onde vários parentes também moravam. Mas meu pai Angelo Darolt sempre teve visão de empreendedor, progressista e pioneiro. Pegou seus três caminhões, colocou uma parte das máquinas da serraria neles, a mudança, mulher e a família, e nos levou para este rincão, que era Medianeira. O pai foi um corajoso desbravador. Isso foi há quase 60 anos”, conta Dulce.

O pai Ângelo Darolt foi o primeiro prefeito de Medianeira, empossado em 28/11/1961, data da solene instalação do município. Além do viés empreendedor, ele tinha no sangue a vontade de ajudar as pessoas. “Na casa de meu pai, nunca alguém foi pedir comida e saiu sem comer. Ele dizia que ninguém merecia passar fome. Tanto é que, quando foi prefeito, ele mandou plantar muitas mudas de mangas, porque fariam sombra no calor e dariam alimentos aos pobres!, conta Dulce, com orgulho.

Segundo ela, o período da infância aqui em Medianeira foi divertidíssimo, momento lembrado com muito carinho. “Além de estudar muito, nas horas vagas fazíamos túneis nos morros de serragem que sobravam da serraria (obra de engenharia infantil). Descíamos a ladeira de carrinho de rolimã, até atravessar a ponte por cima do rio. Fazíamos peças de teatro, no jardim de casa, e todos os vizinhos vinham assistir. Essas e outras coisas que ficam na lembrança e moldaram nosso caráter”, relata.

Dulce relembra ainda os concursos de música no palco do cinema. “O prêmio era uma caixa de bombons. Hoje seria chamado de karaokê. Quem se candidatava, subia no palco e cantava a música escolhida. Depois que todos tinham cantado, subiam novamente ao palco. Quem recebia mais palmas vencia. Tinha torcida e tudo o mais. O vencedor ganhava a caixa de bombons e dividia com todo mundo”.

Profissionalmente Dulce é concursada do governo do Estado do Paraná desde 1998. Cursou a faculdade de Educação Artística – com ênfase em artes plásticas – licenciatura plena e Tecnólogo em Políticas Públicas, se especializando na área correspondente ao exercício de suas funções na vida pública. “No Estado, na área técnica, participei da equipe que implantou a Política Estadual para garantir os direitos da pessoa idosa, coordenando este trabalho por seis anos, até 2014, tanto na área administrativa da coordenação, bem como, sendo Conselheira do CEDI, Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa Idosa. Primeiro na Secretaria do Estado do Trabalho e Desenvolvimento Social e depois na Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos. Depois disso, assumi outras funções, pela indicação e confiança de nossa diretoria e de nosso Secretário de Estado. Hoje em dia, na Secretaria de Estado da Justiça, Trabalho e Direitos Humanos, exerço a titularidade de conselheira nos seguintes Conselhos Estaduais de Direitos: da pessoa idosa, da pessoa com deficiência e da assistência social. Por um certo tempo também fui Conselheira de Direitos Humanos”, destaca.

Na Secretaria de Estado da Justiça Trabalho e Direitos humanos, também é responsável técnica pela Política Estadual para a população em situação de rua, coordenando o Comitê Intersetorial de Acompanhamento e de Monitoramento da Política para a População em situação de rua do Estado do Paraná –  CIAMP Rua/PR, “onde temos desenvolvido de forma Intersetorial, politicas para preservar os direitos dessas pessoas, saúde, trabalho, educação, moradia, respeitando sua individualidade. Além dessas funções, exerço outras atividades internas, intrínsecas ao bom andamento dos serviços públicos”, explica Dulce.

Especificamente sobre o trabalho no CIAMP Rua/PR, a profissional afirma que estudos sobre os direitos humanos são desenvolvidos, para que as pessoas em situação de rua e todas os demais cidadãos sejam atendidos com todo respeito a que tem direito. “O CIAMP Rua estadual, com os técnicos da área governamental em conjunto com a sociedade civil organizada, tem grandes desafios, buscando novas formas de reinserir estas pessoas em cidadania plena, com moradia, saúde, trabalho e educação”, finaliza.

Dulce palestrando em Foz do Iguaçu, no Seminário das Três Fronteiras, sobre as políticas para a população em situação de rua

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Por: Ana Cláudia Valério

Mestre em Educação, Especialista em Docência no Ensino Superior e graduada em Comunicação Social – Jornalismo. Tem experiência em Jornalismo nas áreas de Televisão, Assessoria de Comunicação e Jornal Impresso, tendo trabalhado em veículos de comunicação, instituições de ensino superior e campanhas políticas. Hoje é editora do Jornal Mensageiro e coordenadora de Gestão e Memória da Casa da Memória Roberto Antonio Marin, de Medianeira.

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