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EXEMPLO

Professora de São Miguel finalista do Concurso Agrinho

Desenvolvido há 22 anos pelo SENAR-PR, o Programa Agrinho tem como objetivo promover nas salas de aula a discussão e a reflexão sobre temas transversais à educação, como saúde, segurança pessoal e ambiental, principalmente junto às crianças do meio rural. Nesse ano, foram enviados 5.301 trabalhos para participar do Concurso, sendo nas categorias escolas públicas e privadas – totalizando 30 experiências pedagógicas selecionadas para as finais, que concorrem a seis automóveis zero quilômetro.

E dentre as finalistas, está a professora Ana Paula Lazzereis Ghellere, do Colégio Franciscano Nossa Senhora de Fátima de São Miguel do Iguaçu – categoria Rede Particular, participante pela primeira vez. O nome do seu trabalho é “Reeducação Alimentar – plante essa ideia, valorize quem planta”, com objetivos de promover a saúde e valorizar o produtor rural, envolvendo crianças do segundo ano do Ensino Fundamental I – iniciado no mês de abril. “Diante da percepção de que muitos alunos acreditavam que todos os alimentos eram produzidos no supermercado, vimos a necessidade de mostrar da onde vêm, ter reeducação alimentar e valorizar o homem do campo. Intercalando conteúdos trabalhados em sala de aula, os alunos também pesquisaram sobre a produção na nossa região e as propriedades das frutas e verduras que mais gostam. Os alunos também fizeram uma horta na escola, como forma de vivenciar como é feito o plantio e cuidado do alimento. E ao visitar as propriedades, eles homenagearam os produtores com medalhas”, declarou a professora.

No Projeto, as crianças foram em busca do conhecimento, atrás de respostas: fizeram entrevistas em supermercados de Medianeira, Missal e São Miguel do Iguaçu; além de realizar outras atividades extraclasse. “Pais agricultores foram convidados para falar sobre seu trabalho, captamos água das chuvas para regar as hortaliças na escola, os canteiros foram montados com garrafas pet, plantio e colheita realizados com o envolvimento dos pais e responsáveis. Os trabalhos foram apresentados a escolas visitantes e os agricultores foram homenageados na festa junina. Os alunos também fizeram pratos saudáveis em casa e levaram à escola para os estudantes provarem; além de palestra com nutricionista e agrônomo”, pontuou Ana Paula.

Para a comunidade escolar, foi uma surpresa o trabalho ser selecionado entre os 30 melhores e estar concorrendo a um dos prêmios. A solenidade de premiação acontece na próxima segunda-feira (05), no ExpoTrade Pinhais, região metropolitana de Curitiba. “É um crescimento aos meus alunos e como profissional; divulgando o município e o Colégio. Porque realizamos muitas atividades e estamos colhendo os resultados. Percebemos os avanços que tiveram, como na escolha de alimentos saudáveis aos pequenos e na valorização do produtor rural. E agora, resta-nos aguardar o resultado de segunda-feira, quem sabe o primeiro lugar!”, concluiu a professora.

No evento em Curitiba, serão escolhidas as seis Experiências Pedagógicas campeãs, sendo quatro da rede pública, uma da rede particular e uma do Agrinho Solos. Anualmente, o Programa Agrinho movimenta cerca de 80 mil professores e 1 milhão de estudantes em todo o Estado. Os alunos participam do concurso por meio de redações e desenhos. Já os professores concorrem com relatos e experiências pedagógicas que desenvolveram ao longo do ano.

NOVAMENTE FINALISTA – Além do trabalho da professora Ana Paula, a docente Paula Manente da Escola Municipal Serafin M. de Souza, de São Miguel do Iguaçu, também foi selecionada para a final do concurso, na Categoria Rede Pública, com o trabalho “Do Campo à Mesa” – trabalhando a origem dos principais alimentos que compõem a mesa dos paranaenses. Paula Manente, juntamente com a professora Geni Kelli Dal Moro já havia sido premiada em 2016 com um tablet, em duas modalidades: Experiência Pedagógica com o Projeto “Lugar de lixo não é na lixeira”, e Escola Agrinho com o Projeto “Lixo: Cuide bem dele”.

Nosso Povo

Por: Tanner Rafael Gromowski

Formado em Letras português/espanhol pela UDC Medianeira, pós graduado em Língua Portuguesa pela FAG Cascavel, trabalha como repórter e redator desde 2013 no jornal Mensageiro.

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