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Nosso Povo

Uma carequinha agradecida pela vida

“Eu vivo e sou Outubro Rosa, faço campanha para prevenção do câncer de mama. Se ame, se toque”, afirma Ilse

“Eu sou Ilse Machado, já nasci com câncer na cabeça e me deram três dias de vida somente. Minha mãe, dona Jaira, não sabia o que fazer, entregou nas mãos de Deus. Esse foi o primeiro milagre na minha vida, fui curada milagrosamente”.

A trajetória de Ilse, que começou com um milagre, ainda teria muitos percalços. Em outubro do ano passado, ela descobriu um câncer de mama. “Senti o nódulo e fui consultar. Na ecografia já apareceu algo errado, mas a princípio era só um nódulo. No entanto, percebi que cresceu muito rápido, então fui encaminhada direto para o CEONC, onde pediram biópsia. Eu já estava muito assustada, mas nunca me passou pela cabeça que seria câncer de mama, maligno em estágio avançado e invasivo. Recebi a pior notícia da minha vida, o Dr. olhou para mim e disse: ‘Você vai ter que lutar pela vida, mas eu farei de tudo para te salvar’. Ele me falou do tratamento de Quimioterapia, dos cabelos que iriam cair e tudo o que aconteceria. Quando cheguei em casa, contei ao meu esposo Evilazio Cardoso e resolvemos fazer uma oração a Deus e tudo o que pedimos foi força para lutar, sabedoria, entendimento e graça para suportar o tratamento. E Deus ouviu nossa oração”, relata a artista plástica, que hoje trabalha como costureira de biquínis.

Segundo ela, por mais doloroso que possa ser o tratamento, sentiu a presença de Deus em cada detalhe, em cada resultado. “No dia da cirurgia, eu já sabia que precisaria tirar toda a mama. Depois que terminou e eu acordei, estava desesperada e fui acalmada com a notícia de que foi retirado apenas parcialmente. Chorei novamente, agora de alegria”, relembra.

Sobre o tratamento, além de perder os cabelos, Ilse recorda que sempre passou muito mal após as sessões de quimioterapia, mas agradece a chance de poder se tratar. “O tratamento do CEONC é ótimo, consegui transformar meu ano de angústia em aprendizado. Câncer é real, mas tem cura sim. Comecei a passar para as pessoas que com fé em Deus e tratamento estou vencendo o câncer. Eu ainda faço quimioterapia e irei fazer radioterapia, por isso o tratamento termina só ano que vem. Mas já estou fora de perigo. Eu sou uma carequinha muito agradecida pela vida, eu vivo e sou Outubro Rosa, faço campanha para prevenção do câncer de mama. Se ame. Se toque”, finaliza.

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Por: Ana Cláudia Valério

Mestre em Educação, Especialista em Docência no Ensino Superior e graduada em Comunicação Social – Jornalismo. Tem experiência em Jornalismo nas áreas de Televisão, Assessoria de Comunicação e Jornal Impresso, tendo trabalhado em veículos de comunicação, instituições de ensino superior e campanhas políticas. Hoje é editora do Jornal Mensageiro e coordenadora de Gestão e Memória da Casa da Memória Roberto Antonio Marin, de Medianeira.

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