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Nosso Povo

Voo livre

O personagem da coluna Nosso Povo dessa semana é Jorge Claudinei Loewenstein, mais conhecido por Jorgiro. “Esse apelido coube bem quando estava girando pelas festas da região, fotografando as pessoas de ‘flagrante’, muitas vezes sem perceberem. Mas o apelido veio da época em que morava em Curitiba, foram 12 anos lá, onde fui para estudar música e toquei por sete anos na Banda Giro”, conta o fotógrafo, músico e também investidor.

 Mas antes de falar do seu novo desafio, vamos conhecer um pouco a história de Jorge. Ele que nasceu em Cascavel, é filho de Jorge José Loewenstein e Margarida Maria Loewenstein e tem duas irmãs: Neide Maria Loewenstein e Adriana Margarida Loewenstein. É casado com Aline Loewenstein, e tem quatro filhos: Jéssica (25), Luiza (10), Eliza (4) e Pedro (2) e uma neta: Stella (4). “Na infância, observava minha mãe, que participou de corais e ainda participa em grupos de cantos na igreja, então comecei a gostar de música. Meu pai, fotógrafo há muitos anos em Medianeira me ensinou a fotografar e então comecei a acompanhá-lo primeiramente em batizados, primeira comunhão, crisma e depois em casamentos, o que, junto com minha esposa, fazemos até hoje com muito amor pelo registro das pessoas, que estão vivendo um fato histórico na vida delas”, relata Jorgiro.

Paralelamente a fotografia, estava a música. Jorge participou de corais, fanfarras, tocava violão em encontros religiosos, retiros, missas, grupo de adolescentes. Com 17 anos passou no vestibular da Faculdade de Artes do Paraná e foi morar em Curitiba, onde estudou música a também tocou em orquestras e bandas.

De volta a Medianeira em 2004, começou a estudar Análise e Desenvolvimento de Sistemas na UTFPR e a noite fotografava as baladas da região e, posteriormente ,casamentos. Enquanto estudava na UTFPR, estagiou no PTI e na SWA Sistemas, onde ficou até o final de 2017. “Desde pequeno sempre gostei de bicicleta e em 2007 num pedal com o grupo Pedal Verde, subimos o morro do Espigão do Norte e lá vi o Emílio decolar com seu parapente, fiquei impressionado com o voo e achei maravilhoso o fato de Medianeira ter um lugar assim. Em 2009 experimentei o voo livre com um instrutor. Em 2011, decolei pela primeira vez sozinho e desde então não parei mais”, conta Jorge, já indicando seus passos seguintes.

Em 2018 surgiu a oportunidade de adquirir o espaço da decolagem de voo livre no morro do Espigão, com o pensamento de investir em uma infraestrutura para atender os pilotos e visitantes que vem ao local atraídos pelo visual que se tem lá de cima, um belo mirante natural. “Em 2019 comecei a participar do grupo do Turismo Rural de Medianeira e nas oficinas conheci o Marcelo Pavan, que tem experiência em várias técnicas de bioconstrução e ministra as oficinas aqui no município. Lá no morro, começamos com a fossa de Evapotranspiração. O próximo projeto é uma sede com a técnica de hiperadobe, basicamente terra misturada com areia ensacada. Gosto de comparar com a impressão 3D, faremos na mão, com terra, areia, sacos e arame, o que um robô fará com materiais bem mais modernos, popularizado num futuro próximo. Depois da sede, o projeto é construir chalés para locação, cada um em uma técnica diferente de bioconstrução. Teremos também atrações ligadas à natureza para todas as idades. O voo de parapente e asa delta são a cereja do bolo. Não temos cursos, nem voos de parapente comerciais no momento”, finaliza Jorge.

Nosso Povo

Por: Ana Cláudia Valério

Mestre em Educação, Especialista em Docência no Ensino Superior e graduada em Comunicação Social – Jornalismo. Tem experiência em Jornalismo nas áreas de Televisão, Assessoria de Comunicação e Jornal Impresso, tendo trabalhado em veículos de comunicação, instituições de ensino superior e campanhas políticas. Hoje é editora do Jornal Mensageiro e coordenadora de Gestão e Memória da Casa da Memória Roberto Antonio Marin, de Medianeira.

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